Disse que neste momento o Governo tem estado a sensibilizar as populações a usarem medidas locais para afugentarem os animais. Alguns optam por dormir nos seus campos agrícolas acendendo fogueiras, enquanto outros usam o batimento de latas entre outros métodos de prevenção.
Explicou que alguns dos ataques têm acontecido quando os caçadores furtivos vão às suas armadilhas para controlar as presas e quando se trata de um búfalo, considerado muito inteligente, este finge que está morto enquanto está ferido e lança chispas contra o caçador.
“Temos proibido as pessoas de caçarem os animais, sobretudo búfalos não porque a actividade furtiva seja contra a lei mas, e sobretudo isso, porque a sua caça está a provocar vítimas humanas”- elucidou.
Além dos búfalos, que se encontram no seu habitat, Malingapansi é igualmente assolado por um conflito entre os residentes e os hipopótamos e crocodilos existentes no rio Zambeze, pois aquela região situa-se na foz daquele que é um dos maiores rios de África.
O posto administrativo de Malingapansi não só enfrenta o problema anteriormente referido. No tempo chuvoso a região fica praticamente incomunicável, via rodoviária, porque a única estrada de acesso fica intransitável, fazendo com que tanto o alcance como o abastecimento alimentar dos habitantes sejam feitos através de canoas.
Outra preocupação reside no abastecimento de água, pois dos 12 furos existentes a maioria das bombas está avariada o que faz com que as pessoas recorram ao rio para se abastecer, correndo, por isso, o risco de serem atacadas por crocodilos
O chefe daquele posto administrativo também disse que apesar dos problemas a segurança alimentar está garantida no local. Além da produção local, também contribui para o efeito as trocas comerciais que são efectuadas com o vizinho distrito de Chinde, na província da Zambézia.
- António Janeiro