Numa iniciativa que conta com o apoio da empresa moçambicana “Projecto Mbio” e da Embaixada da Dinamarca, cerca de meia centena das 140 reclusas ali encarceradas serão envolvidas nesta iniciativa, orçada em 380 mil dólares.
Dados a que o nosso Jornal teve acesso de fonte autorizada do Ministério da Justiça indicam que a produção de frangos será desenvolvida em quatro pavilhões com capacidade para 34 mil frangos de uma só vez. A construção dos quarto pavilhões da Peniteciária de Ndlavela para a criação de frangos iniciou em Março último.
Esta iniciativa, segundo a nossa fonte, enquadra-se nas acções que o Serviço Nacional das Prisões (SNAPRI) tem vindo a levar a cabo em todo o país, de potenciar o factor produção nos principais estabelecimentos prisionais visando, primeiro, assegurar o auto-sustento da população prisional e, em segundo, comercializar o excedente. Cerca de 14 mil pessoas encontram-se encarceradas nos mais de cem estabelecimentos prisionais existentes no país, razão pela qual esforços se fazem para que os reclusos consumam boa parte do que provém do seu esforço.
Até ao próximo ano o sector espera ter um programa uniforme de produção nas cadeias, quer agrícola, pecuária, até mesmo técnico-profissional. A prioridade cinge-se na produção do milho, amendoim, gergelim, arroz, feijão e hortícolas.
A chamada refeição base, composta por “feijão com farinha”, continua a ser um dos principais problemas das cadeias, embora algumas delas registem alguma redução.
Entretanto, o Centro Prisional de Muxúnguè, na província de Sofala, plantou recentemente 50 mil pés de ananás, devendo a primeira colheita ter lugar no próximo mês de Novembro. Por seu turno, os reclusos da Penitenciária Industrial de Nampula estão empenhados no desenvolvimento de actividades de corte de Madeira, numa área de 15 mil hectares.
O “Notícias” apurou que a madeira se destina à produção de mobiliário escolar e doméstico, bem como à construção civil.
O SNAPRI espera recuperar até Dezembro próximo 10 tanques para piscicultura, sendo cinco na província de Inhambane, dois em Manica e os restantes em Niassa.