Marcelino dos Santos que falava sábado na Praça dos Heróis Moçambicanos por ocasião das celebrações do 25 de Setembro, Dia das Forças Armadas de Moçambique (FADM), garantiu que a construção do socialismo no país é a estrela que guia a Frelimo, partido no poder.
A mensagem de conquistar a independência para libertar a terra e os homens já triunfou, disse Marcelino dos Santos, adiantando que resta agora, aos moçambicanos, usar a terra para promover a independência económica e fazer com que a pobreza passe para a história.
“Um Exército em tempo de paz tem que ser um Exército de trabalho que se insere no processo de construção da economia social, ao mesmo tempo que deve estar pronto para assegurar a prontidão militar para defender a soberania nacional”, disse o veterano da Frelimo, Marcelino dos Santos.
O veterano manifestou a sua satisfação pelo facto de ter dado o seu contributo na luta armada que fez nascer a pátria moçambicana, que depois soube resistir, combater e triunfar nas guerras de agressão que lhe foram movidas graças a experiência da geração 25 de Setembro.
“Eu não sacrifiquei a minha juventude para participar na luta de libertação nacional. O que fiz foi apenas cumprir o meu dever. Se tu, na altura fosses jovem da minha idade também terias dado o teu contributo. A luta de libertação era um imperativo nacional para todos. Eu não aceito que alguém diga que sacrifiquei a minha juventude por isso”, vincou Marcelino dos Santos.
Moçambique foi vítima de agressões movidas pelos regimes da Rodésia do Sul (actual Zimbabwe) e do apartheid que vigorava na Africa do Sul, e da guerra dos 16 anos que terminou com o Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, Itália, em 1992.
Por seu turno, o general na reserva, Alberto Chipande, fez questão de destacar que o colono era muito temido porque tinha um Exército muito forte e devidamente equipado, mas a partir da altura em que “iniciamos a luta armada sentimos que o que se dizia não correspondia à realidade”.
“Graças a esse acreditar levamos avante a luta com missão de libertar, na altura, cerca de sete milhões de habitantes e uma pátria que estava a ser colonizada há cerca de 500 anos e vencemos a guerra hoje está independente”, disse Chipande.
Sobre a polémica em torno do autor do primeiro tiro que marcou o início da luta de libertação nacional, Chipande reagiu nos seguintes termos “a questão do tiro é relativa. A história da Frelimo é natural. O que interessa é que o país é livre e soberano. Isso é o que conta. Cada um está livre de interpretar a história à sua maneira”.
- AIM
NOTA:
Não sabia, mas "Marcelino dos Santos ... garantiu que a construção do socialismo no país é a estrela que guia a Frelimo, partido no poder". Será?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE