A DEGRADACAO das vias de acesso para o escoamento de excedentes agrícolas dos potenciais pólos de produção para juntos dos mercados está a retrair produtores da batata-reno na província de Inhambane, que estão na iminência de perder grande parte sua produção.
Aliada à questão da falta de acesso aos mercados e feiras agrícolas para trocas comerciais, os camponeses que adoptaram a prática desta cultura desde o inicio do seu fomento há três anos em seis distritos, nomeadamente, Govuro, Massinga, Morrumbene, Panda, Inharrime e a cidade da Maxixe, clamam também pelas tecnologias especificas de conservação, que ainda não são abrangentes.
Na presente safra agrícola, a província de Inhambane rendeu pouco mais de sessenta milhões de meticais, produto da comercialização de pouco mais de três mil toneladas, onde os mercados da cidade da Maxixe e Inhambane foram os mais preferidos.
O programa intensivo da produção da batata-reno envolveu mais de cento e vinte produtores dos sectores familiar e privado, numa área de seiscentos hectares nas regiões consideradas como tendo condições agro-ecológicas aceitáveis para a prática deste tubérculo.
A par das dificuldades de comercialização e conservação, a aquisição da respectiva semente é também outro constrangimento com qual os produtores se debatem para intensificar o cultivo da batata-reno.
O chefe dos Serviços Provinciais de Agricultura, Manuel Sahal, disse que a montagem de infra-estruturas agrícolas, concretamente sistemas de irrigação e o apoio técnico aos produtores, contribuem muito para o sucesso do fomento desta cultura em Inhambane, onde já falta o mercado para a comercialização das grandes quantidades que são colhidas em cada campanha agrícola.
Entretanto, de acordo com Manuel Sahal, decorrem em toda província acções de mobilização e sensibilização dos camponeses para cumprir com as orientações que são disseminadas no que concerne à conservação da batata-reno. Sahal explicou que um grupo de camponeses de algumas associações, no inicio do fomento da cultura da batata-reno na província de Inhambane foi enviada à província de Tete para a troca de experiência, sobretudo na área da conservação.
A aderência e as quantidades que são conseguidas em cada campanha, obriga a que os camponeses encontrem alternativas para a conservação e em algum momento, os produtores, são obrigados a baixar os preços nos mercados para evitar a deterioração da produção.
- Victorino Xavier