GRANDE parte de pais com filhos portadores de deficiência recusam-se a investir na formação escolar dos seus educandos, revelou um estudo recentemente desenvolvido na província de Nampula. Para eles, investir em filhos com deficiência representa perca de tempo e recursos da família.
Segundo Vicente Vasco, oficial de programas na “Power International”, entidade que realizou o estudo, para além desta “exclusão” a que as crianças deficientes estão sujeitas nas famílias coloca-se o problema da escassez de professores com conhecimentos específicos para atendimento à criança com dificuldades auditivas, visuais, entre outras. Dados estatísticos disponíveis indicam que das 19.631 crianças actualmente matriculadas em pelo menos dez escolas, escolhidas como amostra, apenas 449 eram portadoras de deficiência, com maior destaque a de natureza auditiva, com 192, seguindo-se a visual, com 149 alunos.