Na sua residência oficial, em Nampula
- Comandante geral PRM desmente, afirmando que não se trata senão de uma protecção que lhe está a ser privilegiada.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse, no último sábado, que está a ser alvo de uma cerrada espionagem por parte dos membros da polícia que estão a guarnecer a sua residência oficial, na cidade de Nampula, onde se encontra desde princípios do ano passado.
Eles querem conhecer quem são os que entram na minha casa e o que vão fazer para depois reportarem tudo ao governo da Frelimo. Até chegam ao cúmulo de revistar diplomatas e jornalistas. Referiu.
Para o líder da Renamo, não faz sentido que uma força policial partidarizada, portanto fortemente comprometida em defender os interesses do partido Frelimo, se instale em sua casa, sob o pretexto de que está a guarnecê-la sem que, para tal, tenha sido solicitada alguma vez.
Eu nunca pedi a policia para me proteger. Alias, é inconcebível que a mesma policia que costuma a ser cúmplice da Frelimo no roubar dos meus votos se intitule agora como minha protectora. Sublinha.
Entretanto, o comandante geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) Jorge Kalau, argumenta que Afonso Dhlakama não é um prisioneiro político, mas, sim, o líder do maior partido político da oposição e membro do Conselho do Estado. E, portanto, merecedor da protecção que lhe está a ser feita.
WAMPHULA FAX – 23.11.2010