O Mercado grossista do Zimpeto, arredores da cidade do Maputo, está a transformar-se num verdadeiro “dumba-nengue”, com a venda a grosso a conviver com o comércio a retalho, contrariando os objectivos para os quais foi criado.
A venda aos montinhos, que só se realizava na parte externa do mercado e nas bermas da Estrada Nacional Número Um (EN1), passou para o interior daquela infra-estrutura, inaugurada a Maio de 2007, exclusivamente para a comercialização a grosso.
Face à invasão dos vendedores retalhistas, consentida pelo Conselho Municipal de Maputo, a circulação de pessoas e de viaturas dentro do mercado é desastrosa, uma vez que nas áreas anteriormente reservadas para este efeito foram ocupadas por vendedores.
A ordem, a segurança e a limpeza que vinham caracterizando o “grossista do Zimpeto” já não se observam naquele local, o que deu lugar à desordem, imundície, dificuldades de circulação, proliferação de gente de má conduta facilitada pela aglomeração de vendedores.
O cenário não é para menos. Contrariamente ao que se esperava, agora compra-se no chão do mercado grossista do Zimpeto tomate, alho e cebola de cinco meticais, limão e pimenta de 10 meticais, entre outros produtos vendidos nestas condições.
Como se não bastasse, nas imediações dos escritórios está a “nascer” uma lixeira, que expele um cheiro nauseabundo resultante da deterioração de resíduos sólidos acumulados.
António Tovela, vereador para a área de Mercados e Feiras no Município de Maputo, reconheceu a situação, afirmando que não se trata de um problema de gestão da infra-estrutura, mas sim da alegada incapacidade da Polícia Municipal em controlar o crescente número de retalhistas que diariamente procuram aquele local.
Segundo disse, o efectivo destacado para garantir a ordem no mercado grossista é bastante inferior que não responde às necessidades do mercado, invadido por vendedores retalhistas que persistem em desenvolver as suas actividades num espaço impróprio.
Para fazer face a este problema, António Tovela afirmou que a edilidade está a preparar uma área adjacente ao mercado para acolher os “intrusos” e fazer com quem o “grossista” sirva apenas de distribuidor de produtos à cidade e não só.
Para além disso, segundo disse, a edilidade vai reforçar o efectivo de agentes para permitir um melhor controlo do espaço e garantir o cumprimento das posturas municipais.