Em "Quem Matou Samora Machel", de Álvaro B. Marques (1987) encontramos uma entrevista ao Pe. Miguel Buendia, o homem que levou para o exterior o Relatório do Massacre de Wiriamu.
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Desta entrevista, destaco:
"Estando os nossos companheiros ali, no mês de Abril, apanharam lá o 25. Meses antes, num encontro com Janette Mondlane, em Londres, dizia-nos ela que a luta seria longa, que ainda faltava muito tempo. O próprio Óscar Monteiro também nos afirmara que ainda seriam necessários mais 4 ou 5 anos. Portanto, o 25 de Abril apanha um pouco de surpresa a FRELIMO. "Bem, o que interessa é que as coisas mudam e, então, recebemos a tarefa de dar a conhecer à Frente, agora mais profundamente, por que é que tivemos tanto cuidado com a denúncia dos massacres de Wyriamo e de Mucumbura. "O 25 de Abril gerou confusão e oportunismo. Apareceram grupos que nada fizeram e que, à última da hora, se queriam colocar ao lado da FRELIMO. Era importante dizer ao mundo quem é que lutou e qual era o tipo de projecto. Foi o que fizemos."