A RENAMO considera que poucos hectares de terra arável são usados para agricultura extensiva e de irrigação, o que faz com que os níveis de produção e de produtividade de alimentos sejam baixos.
Maria Angelina Enoque, chefe da bancada da Renamo na Assembleia da República disse no final da II sessão ordinária que para garantir a utilização racional dos recursos disponíveis o país necessita de serviços básicos tais como mercados, disponibilidade de instituições financeiras para o investimento no sector agrário.
“Moçambique possui um potencial agro – ecológico invejável: vastas áreas de terra em pousio para pastagem, rios de cursos permanentes e abundantes recursos aquáticos, forca de trabalho sempre disponível. Contudo há um défice crónico de alimentos. O que falta então?”, questionou Maria Angelina Enoque.
A deputada indicou que Moçambique regista elevados índices de comercialização e exportação informal de cereais ao nível da SADC. Durante a época da colheita agrícola estrangeiros de toda índole vagueiam no norte e centro do país para a compra de cereais a preços que eles próprios ditam para que o comércio transfronteiriço informal de cereais lhes seja chorudo”, denunciou.
Adiante afirmou que no entender da Renamo o que falta são politicas adequadas para o desenvolvimento do país.
Segundo Maria Angelina Enoque, há falta de politicas activas de combate as pragas e queimadas; há falta de emprego de quadros com boa competência técnico-cientifica”, referiu.
Enquanto isso, segundo ela, o índice de pobreza absoluta/extrema cresce a galope e o solo moçambicano é devastado pela presença de estrangeiros dos vários quadrantes do mundo.
Para Maria Angelina Enoque, a pobreza é nada menos que a incapacidade dos indivíduos de assegurar para si e para os seus dependentes, um conjunto de condições básicas mínimas para a sua subsistência e bem estar, segundo as normas da sociedade.