A CONCLUSÃO da montagem das comportas da Barragem de Corumana (fase II), estimada em 30 milhões de dólares norte-americanos e localizada na província do Maputo, deverá arrancar em 2012. Trata-se de uma infra-estrutura que, à semelhança da futura Barragem de Moamba-Major, é considerada fulcral para garantir o abastecimento de água à cidade do Maputo e acomodar o desenvolvimento previsto para os próximos 20 a 30 anos.
Recentemente o Governo negociou com o Banco Mundial a mobilização de fundos para a conclusão da montagem das comportas na Barragem de Corumana.
Os Ministérios da Planificação e Desenvolvimento e das Finanças prevêem também, no seu cenário fiscal de médio prazo, que após materializada a implementação daquelas infra-estruturas haja uma expansão da actividade económica no sul do país, incentivando, desse modo, a exploração de negócios e de recursos pelos investidores.
O Governo prevê ainda no seu cenário fiscal que até 2013, no âmbito do processo de remoção das barreiras tarifárias e não tarifárias e de harmonização de políticas comerciais ao abrigo da implementação da Zona de Comércio Livre da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), igualmente criadas oportunidades de aumento da produção e produtividade da economia nacional.
“Para além disso, a assinatura do Acordo de Parceria Económica Interino com a União Europeia deverá fortalecer e melhorar o acesso ao mercado europeu, incentivando as exportações nacionais. Apesar da actual conjuntura macroeconómica internacional caracterizada pela crise financeira e económica, para o período 2011-2013, perspectiva-se uma recuperação da economia mundial que deverá afectar positivamente a economia moçambicana”, considera o Governo no seu cenário fiscal de médio prazo.
A fonte acrescenta que, “no entanto, a recuperação da economia global, apesar de ser importante, é apenas um de entre vários factores que afectam o crescimento em Moçambique”.
“Assim, mais do que esperar que a retoma da economia mundial contribua para acelerar as exportações nacionais, será fundamental que se implementem investimentos com potencial de criar capacidades para expandir ainda mais as exportações. Por outro lado, a expansão das exportações deverá assegurar a diversificação dos produtos exportados e dos mercados explorados, reduzindo a vulnerabilidade a choques de preços”, defende o Governo, no seu cenário de médio prazo a que o “Notícias” teve acesso.