- Apela José Pacheco ministro da Agricultura aos industriais e exportadores de castanha de caju em Nampula
O ministro de Agricultura, José Pacheco, defendeu em Nampula, a necessidade de entendimento entre os industriais e exportadores da cultura de caju nesta região, actualmente desentendidos devido a forte concorrência dos segundos intervenientes, que se traduz no aumento vertiginoso do preço de compra da castanha, situação que ameaça deixar as fábricas sem matéria prima.
Pacheco disse que, apesar da campanha afigurar-se boa, há aspectos de articulação e entendimento que devem ser melhorados entre as duas partes por forma a não comprometer o processo de produção, comercialização e processamento.
O pomo da discórdia entre as parte reside no facto de que o sector industrial, que já cresceu e atinge actualmente as dezasseis unidades, precisar de quantidades significativas de matéria prima (cerca de 23 mil toneladas), para além das outras 3 mil suplementares, o mesmo acontecendo em relação aos exportadores, isso numa província onde se espera vir a produzir pouco mais de 45 mil toneladas apenas, referiu.
Felizmente, de acordo com aquele governante, a Associação dos Comerciantes e Industriais de Nampula está, neste momento, a mediar o conflito com vista a aproximar as partes.
De referir que o governo de Nampula deliberou, recentemente, interditar a exportação da castanha de caju, como forma de prevenir que a industria local de caju seja assolada pela crise de encerramento de algumas unidades e consequente perda de milhares de postos de emprego.
Embora a medida, de per si, careça de base jurídica legal para uma economia de mercado, o executivo e a referida Associação acham que deve prevalecer.
Como solução definitiva do problema, o ministro Pacheco desafiou o INCAJU a começar a traçar um programa de criação de campos de produção de sementes nas regiões tidas como potenciais produtoras da castanha, para permitir que os produtores possam substituir as árvores antigas por novas, o que aumentaria a produção e, consequentemente, evitaria as disputas que, na sua óptica, ocorrem porque a castanha é insuficiente.
Fazendo um balanço sobre o que viu no sector de agricultura, ao longo do período em que esteve de visita á província, referiu que a situação era boa, partindo do princípio de que dos contactos mantidos com os sectores de investigação agronómica, permitiram saber que geraram pacotes tecnológicos que estão a ter impacto na produção agrícola, tal é o caso da mandioca onde foram encontradas variedades resistentes às doenças que atacam este tubérculo.
WAMPHULA FAX – 21.12.2010