O GOVERNO de Massangena está a levar a cabo uma campanha de sensibilização, junto dos mutuários que se beneficiaram do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo sete milhões, de forma a devolverem os valores atribuídos. Segundo o administrador distrital, Virgílio Pene, entrevistado pelo “Notícias”, apenas 3 porcento dos pouco mais de 35 milhões de meticais alocados desde 2006, foram até ao momento desembolsados.
Um papel determinante, segundo a nossa fonte, foi atribuído neste âmbito aos conselhos consultivos locais que, para o efeito, beneficiaram de formação específica para, igualmente, desenvolverem com conhecimento de causa as tarefas que lhes cabem no capítulo da fiscalização de projectos.
Virgílio Pene afirmou, por outro lado, terem sido detectados pelos conselhos consultivos alguns casos de desvio de aplicação dos fundos disponibilizados, facto que tem sido matéria para responsabilização dos infractores.
Entretanto, de uma forma geral, ainda na óptica do administrador Pene, o Fundo de Desenvolvimento Distrital levou à Massangena uma outra dinâmica no seu desenvolvimento, tendo criado, dentre outras vantagens, inúmeras oportunidades de emprego.
Foi assim, segundo o nosso interlocutor, que foi possível a instalação de uma nova rede comercial no distrito, que incluiu a implantação de um armazenista distrital, para facilitar a venda de produtos pelos comerciantes retalhistas que, anteriormente, eram obrigados a percorrer acima de 300 quilómetros, até ao distrito de Chókwè, para efectuar compras para os seus estabelecimentos comerciais.
Mérito é igualmente atribuído ao FDD por ter propiciado a criação de condições para que os residentes de Massangena pudessem adquirir viaturas, não só para o transporte de mercadorias, como para a realização de serviços de transporte semi-colectivo de passageiros.
Os vulgarmente chamados “sete milhões”, conforme nos foi dado a conhecer pelo nosso entrevistado, permitiram ainda a disponibilização de moto-bombas, charruas, gado de tracção animal, entre outros meios que contribuíram para o aumento da produção de alimentos e sua comercialização, com destaque para o milho e hortícolas.
“Queremos, efectivamente, que os projectos gerem riqueza e possam, efectivamente, contribuir para o desenvolvimento rápido do distrito, chamando, porém, à responsabilidade dos mutuários para que assumam honestamente as suas responsabilidades, devolvendo os valores emprestados pelo Estado, para que estes possam servir a outros seus concidadãos. É um trabalho que exige de toda a sociedade um grande envolvimento e acreditamos que num futuro breve, este assunto estará definitivamente resolvido porque estamos todos a trabalhar nesse sentido”, disse Pene.