A TRANSPORTADORA Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) poderá reiniciar em Abril próximo os voos internacionais para Lisboa. A informação avançada pelo presidente do conselho de administração daquela companhia por ocasião do final do ano, indica que numa primeira fase, a empresa deverá efectuar duas viagens por semana.
Para a concretização de tal objectivo que faz parte de cinco pilares importantes desenhados para o próximo ano, a LAM vai reforçar a sua frota de médio curso sendo que a ligação Maputo/Lisboa será assegurada por uma aeronave B767-300 pertencente a Air Seychelles sendo operada com tripulações mistas.
“Somos ambiciosos e queremos estar na vanguarda da indústria, crescendo de forma segura e sustentável, e para isso vamos aumentar a nossa frota de médio curso; iniciar os voos para Lisboa, a partir de Abril próximo (duas vezes por semana), com uma aeronave B767-300 pertencente a Air Seychelles, que vai ser operada com tripulações de cabine mistas”, refere a mensagem de José Viegas, alusiva ao final do ano de 2010.
Referindo-se à estratégia desenhada para o ano de 2011, o PCA da LAM também indicou que a sua empresa pretende desenvolver a sua rede regional, com a abertura de pelo menos dois novos destinos; desenvolver novos negócios e parcerias no sector.
A empresa vai, igualmente, continuar a valorizar o capital humano, apostando na formação e desenvolvimento dos colaboradores; dar continuidade ao processo de rejuvenescimento da mão-de-obra; e ser uma empresa cada vez mais social e ambientalmente consciente e responsável.
“Estou convicto que com energia, determinação, dedicação, e espírito de equipa, podemos atingir patamares elevados na competitividade da empresa, para sermos a melhor companhia aérea de Moçambique e uma referência do Continente Africano”, sublinhou Viegas.
CRESCIMENTO DE 9 PORCENTO EM 2010
Os resultados operacionais da empresa (LAM) registaram, este ano, um crescimento de nove porcento. Dados da empresa indicam que durante os últimos 12 meses, a mesma transportou mais de 533.775 mil passageiros, mantendo a tendência de crescimento (mais moderada em 2010), relativamente a que foi registada nos dois anos anteriores.
Na mensagem de balanço do ano de 2010, o presidente do Conselho de Administração da empresa LAM indicou que no ano prestes a findar a companhia alargou os seus horizontes voando mais vezes para Luanda e Nairobi, ligando com maior regularidade as capitais provinciais a Joanesburgo e Nairobi e implementando os acordos de code-share com a SAA – South African Airways, Kenya Airways, e mais recentemente com a SA Express, Ethiopian Airlines e a PW – Precison Air.
As recertificações ISO 9001:2008 e IOSA tornaram a sua presença mais agressiva no mercado, enquanto que a melhoria dos serviços em terra e no ar e o grande prestígio da LAM, que foi considerada a Melhor Marca de Moçambique no sector dos Transportes, e reconhecida pela IATA com o Prémio Platina, são sinais de crescimento e desenvolvimento.
Para José Viegas o ano de 2010 foi também marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, que provocou o aumento cíclico do preço do fuel JETA1 no mercado nacional, a depreciação do metical e o aumento do custo de vida, que teve reflexos penalizantes para a LAM, e também para muitas famílias.
A fonte adianta que o actual contexto é desafiante e complexo, e na LAM há que fazer um realinhamento estratégico, com o objectivo de transformar, nos próximos três anos (2011-2013), a companhia num Grupo de Empresas de Transporte aéreo líder, no mercado nacional e um forte competidor no mercado regional e intercontinental.