AS ZONAS rurais ainda sem a presença física de bancos passam, a partir do próximo ano, a beneficiar de alguns serviços financeiros, tendo como intermediárias as lojas de referência que funcionam naquelas áreas.
O Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, que deu a informação, explicou que tendo em conta a facilidade a ser criada, com a implementação da Sociedade Interbancária de Moçambique (SIMO), as comunidades rurais poderão aceder às suas poupanças através das lojas locais sem precisar de percorrer grandes distâncias para os bancos.
O SIMO é um mecanismo de partilha de infra-estruturas tecnológicas, colocando as instituições financeiras ligadas a uma rede comum quer para efeitos de funcionamento de ATM, quer para POS. Algumas lojas rurais passarão a estar igualmente ligadas à rede para servirem de intermediário na transferência de recursos para as comunidades.
Falando sexta-feira em Maputo por ocasião do brinde do fim do ano, Ernesto Gove, referiu que outro objectivo do SIMO é o alargamento dos serviços financeiros para as zonas menos favorecidas do país e a redução dos levantamentos e pagamentos em numerário.
“Serão identificadas lojas que possam servir de representantes dos bancos para efeitos de transferência de recursos financeiros”, frisou.
Entretanto, o Banco Mundial deve conceder durante este mês 110 milhões de dólares norte-americanos referentes à sua contribuição no financiamento directo ao Orçamento do Estado de 2011.
Segundo o Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove a conjuntura actual continua a ser de grandes desafios para as instituições, sendo que a busca de soluções exige atenção às novas dinâmicas.
Do lado do Banco de Moçambique, o Governador assegurou que a instituição continuará empenhado no seu principal objectivo, nomeadamente assegurar uma inflação baixa e estável.