Interceptados com 68 somalis, em Nampula
Seis agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) foram surpreendidos quando procediam a uma operação de escolta de 68 estrangeiros de nacionalidade somali, a escassos metros do controlo de Muhala, provenientes do Centro de Acolhimento de Maratane, em Nampula.
Inácio Dina, chefe das Relações Públicas no Comando Provincial da corporação em Nampula, disse que cinco dos indiciados encontram-se afectos na Segunda Esquadra, enquanto o último na Quarta-feira.
De acordo com Dina, os 68 estrangeiros faziam-se transportar num camião de marca Fuso, com chapa de inscrição MLZ-64-94 e tinham como destino a República da África de Sul.
Dina explicou, entretanto, que três dos seis agentes, considerados cabecilhas da referida “operação de escolta”, são, também, acusados de envolvimento em outros crimes e encontram-se foragidos, na companhia do motorisa da viatura, que foi parqueada no Comando da PRM em Nampula.
Este caso ocorre dois dias depois do comandante-geral da PRM, Jorge Kalau, ter se reunido com os membros da sua coporação e com os representantes do Instituto Nacional dos Refugiados (INAR), com o propósito de restabelecer a ordem e segurança naquele centro.
Referindo-se aos sistemáticos casos protagonizados por indivíduos que acedem ao Centro de Marratane, sob o pretexto de refugiados, fonte do INAR acredita que envolvem uma rede tentacular que coordena e facilita a movimentação de estrangeiros ilegais na província, a troco de valores monetários, a avaliar pelo número de refugiados abandonados naquele centro, com a conivência dos membros da polícia.
No ano passado, foram detidos nove agentes envolvidos em acções de guarnição e escolta de estrangeiros ilegais na província de Nampula.
WAMPHULA FAX – 25.01.2011