Província de Maputo
Por Eduardo Quive
A margem da governação aberta recentemente, efectuada pela governadora da Província de Maputo ao distrito de Matutuine, no Posto Administrativo de Zitundo, ficou iminente que em Ponta de Ouro a língua que mais se fala, por influência do turismo, é o inglês.
No percurso da sua visita que durou dois dias, a Ponta do Ouro, Maria Elias Jonas, detectou que aquela região é uma pequena África do Sul instalada na província de Maputo, ao perceber-se que a principal língua de comunicação nas instancias turísticas é o Inglês e quase todas escritas estão na mesma língua, para além dos preços que também são em rand.
Estes factos, aborreceram a governadora da província de Maputo que ainda no encontro com os operadores e gestores das instâncias, referiu esse aspecto.
“Há mais bandeiras sul-africanas do que moçambicanas. Isto até parece uma ilha qualquer instalada dentro do país: cobra-se em rand e as indicações e panfletos estão em língua inglesa, enquanto a nossa língua oficial é a portuguesa, isso não se justifica.”
Para Maria Jonas, ao viver-se neste ambiente sul-africano, dentro do país, é uma violação das leis nacionais, mas, entretanto, isto ainda pode reinar porque o Estado não tem recursos humanos suficientes para reagir perante esta situação de autênticos desmandos e fazer com que se cumpra a lei.
Segundo disse a governadora, o mais intrigante é que os mesmos turistas que fazem ao seu belo prazer neste país, quando estão fora de Moçambique, não se comportam da mesma maneira.
“Tudo que não presta os turistas só pensam em vir por em Moçambique, mas quando atravessam a fronteira nada disso fazem, porque sabem que na África do Sul, o Estado tem recursos para penalizar e tem agentes a fiscalizar em todo lado.” Disse.