O governo sul-africano anunciou que vai evacuar o pessoal diplomático e outros cidadãos residentes na Líbia, após as forças leais ao líder líbio, Muhammar Gadaffi, terem lançado, na quinta-feira, um contra-ataque para repelir as forças rebeldes que ameaçam tomar a capital Tripoli.
Contudo, o embaixador sul-africano na Líbia, Mohammed Dangor, e um grupo de diplomatas, deverão permanecer em Tripoli, para responder a questões urgentes, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da África do Sul.
O ministério revelou que a situação na Líbia deteriorou-se a ponto de exigir a retirada do pessoal diplomático e seus dependentes.
Diplomatas sul-africanos disseram que apesar do aeroporto de Tripoli ter sido encerrado, as autoridades líbias estão a organizar um voo para evacuar o pessoal da embaixada em coordenação com Pretória.
A insurreição na Líbia forçou a interrupção das exportações de petróleo e seus derivados, provocando uma subida do preço de um barril de crude no mercado internacional, actualmente cotado em mais de 110 dólares.
Esta situação terá um impacto negativo na maioria das economias dos países pobres, entre os quais Moçambique.
As principais terminais de petróleo líbias foram tomadas pelas forças dissidentes e receia-se, porém, que haja contra-ataques do exército.
A Líbia contribuiu com cerca de dois por cento de toda produção de petróleo mundial.
Enquanto isto, a Grã-Bretanha apelou a comunidade internacional a exercer maior pressão sobre Gadaffi e a “União Europeia” (UA) disse estar a ponderar no envio de uma força humanitária de intervenção àquele país do Magreb.
Por seu turno, os Estados Unidos anunciaram que estavam a analisar a situação na Líbia, acrescentando que estão a avaliar vários cenários para forçar Gadaffi a ceder as exigências dos manifestantes.
THE STAR/ CAPE TIMES/ REUTERS/JD/SG
(AIM) – 25.02.2011
NOTA:
E os diplomatas moçambicanos? E os moçambicanos lá residentes? Quando é que o Governo moçambicano torna pública a sua posição?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE