Manadas de elefantes provenientes do Kruger Park, na vizinha República da África do Sul, estão a destruir culturas agrícolas e a criar pânico entre a população em diversos pontos do distrito de Magude, província de Maputo, Sul de Moçambique.
Estes paquidermes atacaram vários tipos de culturas nos postos administrativos de Mapulanguene, Mahel e Panjane, segundo o director distrital, Gabriel Cambo.
Ele revelou que já se está a trabalhar com grupos de caçadores profissionais que ajudam no afugentamento dos paquidermes e no abate dos considerados problemáticos ou perigosos.
“Até ao momento, pelo menos dez animais considerados perigosos já foram abatidos e a respectiva carne distribuída as populações”, disse Cambo.
A fonte sublinhou que esta a ser muito difícil afastar os elefantes porque entram de diferentes pontos, alguns do lado da província de Gaza e outros de diferentes pontos daquele distrito.
Neste momento não é possível estimar o nível dos prejuízos causados por aqueles mamíferos selvagens, mas a fonte salientou que os mesmos destruíram extensas áreas agrícolas e várias residências construídas com material local, entre outras infra-estruturas.
“Ainda não registamos casos de vítimas humanas, mas a situação é mesmo preocupante”, referiu Cambo, acrescentando que está a ser difícil combater os animais por aparecerem em manadas e, muitas vezes, distante das zonas onde se encontram os caçadores profissionais.
Fonte da Direcção Provincial da Agricultura de Maputo explicou que na região do Kruger Park os elefantes se multiplicaram bastante, nos últimos anos, e devido ao limite dado ao país e a proibição do abate, o parque empurra-lhes para o lado de Moçambique.
Para controlar estes animais e evitar que continuem a causar estragos, as autoridades moçambicanas estão a negociar com potenciais investidores para vedarem algumas áreas onde os paquidermes se encontram, fazendo pequenos parques. Este projecto já possui interessados, mas não está a conseguir viabilidade pelo facto de o Governo central ter interrompido a atribuição de Títulos de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT).
(RM/AIM) – 27.02.2011