O fenómeno “santo” está de volta à escola secundária de Guadalupe. Até ontem, desde 16 deste mês, já somaram 13 alunos que voltaram a entrar em transe. Trata-se de uma acção diabólica que volta a acontecer, 20 dias depois de um curandeiro ter
perdido a vida durante um acto de Jambi no local para fazer desaparecer esse fenómeno daquele recinto escolar.
Está-se assim perante um fenómeno que ninguém consegue saber as suas causas e como fazer controlá-lo para não atingir aquela comunidade estudantil que só ataca as meninas. Uma aluna daquela escola disse a “O Parvo” que ainda ontem uma aluna entrou em transe e momentos depois um jovem da Roça Agostinho Neto também, em transe, aparece na mesma escola, pondo os funcionários, professores e alunos em pânico.
O jovem, conforme contou aquela aluna, entrou à força numa das salas e com a sua fúria física todo revoltado que ninguém conseguia controlá-lo. Ao entrar, o jovem só gritava revoltado, dizendo que os alunos não devem estar naquela escola e para mandá-los todos para
casa. O pânico entre alunos e professores era tanto e quase todos saíram pelas janelas, deixando escoriações alguns que fugiam do rebuliço.
O jovem revoltoso em transe só foi manietado pela intervenção policial que o terá conduzido à esquadra policial. É assim mais casos dessas acções de transe na escola de Guadalupe que põe de mãos atadas as autoridades educativas e a população local.
Há cerca de quatro meses que esta situação acontece naquela escola e que já é quase certo que o ano lectivo 2011/2012 está comprometido naquela comunidade estudantil. As aulas, desde que este fenómeno começou naquela escola, sempre foram interrompidas durante semanas o que tem estado a comprometer o bom aproveitamento dos que lá estudam.
Passagem administrativa é o que pode vir a acontecer se o Ministério da Educação não encontrar uma outra alternativa de forma que essa comunidade de alunos possa continuar os seus estudos de forma tranquila. Sabe-se que alguns estudantes têm receio de voltarem as aulas, devido aquele fenómeno.
Lucete Malheiro
O PARVO – 23.02.2011