O líder líbio, Muammar Kaddafi, discursou na televisão estatal por entre a insurgência que já o levou a perder controlo de grande parte do país.
Kaddafi acusou o líder da Al Qaeda, Bin Laden, de ser responsável pela violência e descreveu a situação como terrorismo internacional.
Numa chamada telefónica na cidade de al-Zawiya transmitida em directo na televisão estatal, o coronel Kaddafi disse que os manifestantes não tinahm exigências genuínas e apelou às famílias que controlem os seus filhos e que os levem para casa.
Kaddafi disse que os manifestantes só têm protestado porque têm sido fornecidos com drogas e álcool por seguidores do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.
"Não pode haver misericórdia contra Bin Laden e os seus seguidores. São pessoas procuradas pelos Estados Unidos. Aqueles responsáveis pelas convulsões no país devem ser detidos e castigados.
"A normalidade deve regressar ao país", dizia o Coronel Kaddafi na televisão estatal líbia.
Violência continua
Pesados recontros têm sido registados em al-Zawiya a 50 quilómetros a oeste da capital e há informações que uma esquadra de polícia está a arder.
Uma testemunha disse que as forças pró-governamentais atacaram manifestantes numa mesquita com mísseis anti-aéreos e armas automáticas.
Também há notícias de combates entre forças pró e anti-governamentais na cidade de Misrata, a terceira maior do país.
Entretanto, os países europeus do Mediterrâneo dizem que podem não ter capacidade para lidar com o fluxo de refugiados.
As seis nações mediterrânicas estão a apelar à União europeia que adopte um mecanismo para dispersar os refugiados pelos 27 estados membros, em vez de ficarem confinados aos países por onde chegaram à Europa.
O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, apelou à União Europeia que ajude o povo líbio.
Oposição
Líderes tribais da oposição e políticos no leste da Líbia têm estado reunidos na cidade de Al Bayda para demonstrar uma frente unida contra o coronel Kaddafi.
O antigo ministro líbio da justiça, Mustafa Abdel-Jalil, que se demitiu em protesto contra a violência utilizada sobre os manifestantes anti-governo, disse que não haveria negociações com Kaddafi e apelou a que ele ele abandone o cargo imediatamente.
BBC – 24.02.2011