Canal de Opinião
por Noé Nhantumbo
Mesmo com cólera e fome os banquetes continuam…
Quanto custa promover o culto de personalidade? Quem paga?
Não se advoga o fim das comemorações nem da celebração de datas com significado importante para uma nação. Não se pode parar de viver e deixar de cumprir agendas previamente estabelecidas. Não se pretende entrar pelo caminho da austeridade pelo facto em si ou por ser algo religiosamente cultivado ou instituído. É politicamente correcto e está na moda. Também os que afirmam que para governar é preciso gastar não deixam de ter razão. Só que tudo tem os seus limites e deve ser criteriosamente analisado pois cada caso é um caso.
É típico de gente que não tem, gastar o pouco que consegue, logo que se apresente a oportunidade, sem olhar para o dia de amanhã. Também é comum observar que quase todos os líderes políticos inseguros ou que se pretendem perpetuar no poder adoptam o estilo de auto-promoção e se rodeiam de gente servil pronta a responder ‘sim’ a qualquer dos desígnios do chefe. No lugar que colaboradores e assessores que trazem ao chefe informação relevante para que este tome as decisões mais apropriadas para cada caso, estas pessoas procuram explorar as necessidades do chefe e aperceberem-se dos seus apetites, vontade e sonhos. Uma vez descoberta a estrutura de pensamento do chefe especializam-se na sua satisfação. Em troco recebem cargos e mordomias, regalias e posições de relevo na esfera política e governativa.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/18849-pyongyang-e-maputo-tao-distantes-mas-tao-parecidas.html