Pesado tiroteio ouviu-se hoje na capital da Líbia, Tripoli, quando manifestantes anti-governo confrontaram-se com elementos leais do líder líbio Moammar Gaddafi, numa altura em que há informações de que a maior parte do leste do país se encontra nas mãos dos revoltosos.
Pesado tiroteio ouviu-se hoje na capital da Líbia, Tripoli, quando manifestantes anti-governo confrontaram-se com elementos leais do líder líbio Moammar Gaddafi, numa altura em que há informações de que a maior parte do leste do país se encontra nas mãos dos revoltosos.
A oposição disse ter tomado Misratah, a maior cidade na parte ocidental do país a cair nas suas mãos. Confrontos irromperam nos últimos dois dias na cidade de Sabratha, a oeste de Tripoli, onde o exército e milícias tentavam neutralizar manifestantes que cercavam edifícios governamentais.
Residentes de Misratah celebraram vitória tocando buzinas de automóveis e empunhando bandeiras líbias pré-Gaddafi.
Dois pilotos da Força Aérea Líbia saltaram de pára-quedas depois de terem feito despenhar o seu caça a jacto de fabrico russo Sukhoi no deserto perto da cidade de Breqa, em vez de cumprirem as ordens recebidas de bombardear a cidade de Benghazi, a segunda maior cidade do país e que está nas mãos dos revoltosos.
O discurso de ontem de Gaddafi onde prometeu lutar ate a ultima gota do seu sangue para se manter no poder onde se encontra há 41 anos e ameaçando com a pena de morte os manifestantes causou um ultrage internacional.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Franco Frattini, estimou que as cerca de mil pessoas que terão morrido na violência na Líbia são um numero credível, embora tenha sublinhado que a informação sobre vitimas e incompleta. A organização Human Rights Watch coloca o número de mortos em perto de 300.
Na fronteira da Líbia com o Egipto, guardas fronteiriços desertaram e chefes tribais locais criaram comités para os substituírem.
A violência que envolve a Líbia é a pior em mais de um mês de agitação no Norte de África e Médio Oriente que derrubou os regimes na Tunísia e no Egipto, causando preocupação nos mercados já que a Líbia é o principal fornecedor de petróleo a Europa.
VOA – 23.02.2011