Os sul-africanos vão às urnas a 18 de Maio próximo para escolherem novos governos municipais, nas quais os chamados membros do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, ameaçam concorrer como candidatos independentes pelo menos em quatro províncias, como forma de contestar o processo de selecção.
O jornal sul-africano “City Press”, editado em Joanesburgo, escreve que na província do KwaZulu-Natal, militantes do partido no poder dizem que contam com 23 candidatos para vereadores, sendo 15 em Durban e oito outros em Pietermaritzburg, a capital provincial.
Naquela região, várias comunidades expressaram a sua repulsa, por se oporem a maneira como foi conduzido o processo da selecção dos candidatos para os governos municipais.
O ANC, que está a enfrentar clima de rebelião em vários pontos do país, possui 828 candidatos em 61 municípios do KwaZulu-Natal.
O porta-voz do partido na província, Makhosi Khoza, disse que todos os dirigentes irão trabalhar com estruturas de base, com vista a sensibilizar os militantes que queiram concorrer como independentes nas eleições que se avizinham.
A província do Cabo Oriental e Cabo Setentrional também enfrentam os mesmos problemas, onde vários membros do ANC chegaram a denunciar junto da “Comissão Eleitoral Independente” (IEC) a anomalias verificadas na escolha dos que deverão fazer parte dos próximos governos locais.
Enquanto isto, em Pretória, a capital sul-africana, 20 dirigentes dos governos locais anunciaram a sua intenção de concorrerem como candidatos independentes em 74 zonas residenciais.
Os residentes de Ermello, na província de Mpumalanga, ameaçaram boicotar as eleições, como forma de repudiar a exclusão dos candidatos preferidos.
Nos últimos meses, Mpumalanga tem sido palco de protestos populares, exigindo a melhoria da prestação dos serviços municipais.
CITY PRESS/JD/SG
AIM – 28.03.2011