“A COMUNIDADE para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) deve continuar a consolidar a democracia, boa governação, respeito pelos Direitos Humanos e constitucionais, para evitar crises como as que estão a abalar a região Norte de África “, disse o Presidente da Troika do órgão da SADC para a Cooperação na área da Política, Defesa e Segurança, Rupiah Banda.
Falando ontem, na cidade de Livingstone, na Zâmbia, na abertura da cimeira da Troika do órgão, Banda frisou que a região deve legitimar os anseios dos seus concidadãos como forma de evitar aquele tipo de situações.
”Se há algo que devemos aprender a partir do que está a acontecer no Norte da África é que não se deve penhorar a legitimidade dos anseios dos nossos concidadãos”, afirmou Banda, no encontro que conta com a participação do estadista moçambicano, Armando Guebuza, na sua qualidade de membro-cessante da Troika do órgão.
De acordo com o estadista anfitrião, cabe a este órgão da SADC promover o estabelecimento destes e outros princípios e mecanismos de governação democrática.
Na ocasião, ele apelou a Troika para que “dê vida” a mecanismos democráticos regionais aprovados na cimeira de Agosto de 2010, ocorrido na capital da Namíbia, Windhoek, caso do “Conselho Consultivo Eleitoral”, “o Grupo de Referência para a Mediação na SADC”, entre outros.
A este respeito, Rupiah Banda disse acreditar que toda a região vai concordar com os elementos que a SADC tem para garantir soluções locais capazes de evitar, por exemplo, disputas eleitorais.
Banda manifestou a sua satisfação com o facto de a região gozar uma paz relativa, mas sublinhou que “estamos conscientes de que ainda existem certas tensões políticas na região”.
Com efeito, a cimeira visa tratar de algumas das crises referenciadas por Rupiah Banda, como é caso da do Zimbabwe e de Madagáscar.
No seu breve discurso, ele destacou o papel dos facilitadores do diálogo nos países em crise, afirmando que os seus relatórios “espelham a realidade dos esforços que tem sido empreendidos a nível regional” para se pôr cobro a tais problemas.
Tomam parte nesta cimeira, para além dos membros da Troika, nomeadamente os estadistas da Zâmbia, Moçambique, da África do Sul (Jacob Zuma) e outros estadistas na qualidade de convidados, como é o caso do estadista namibiano e Presidente em exercício da SADC, Hifekepunye Pohamba, e o Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe.
Ainda do Zimbabwe tomam parte outros dois líderes da oposição integrantes do Governo de Unidade Nacional naquele país, designadamente o actual Primeiro-Ministro, Morgan Tsvangirai, e George Charamba.
O antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, participa na qualidade de mediador da crise Malgaxe.
- Almiro Mazive, da AIM, em Livingstone