A Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze compromete-se a dar continuidade ao desenvolvimento da região numa perspectiva diferente, mas sempre com o mesmo objectivo que é o de tornar a área em lugar onde a sua riqueza potencial seja, de facto, transformada em riqueza real.
A determinação foi assumida pelo recém-empossado director-geral, Roberto Albino, que além de exercer certas funções no ramo da agricultura, também dirigiu o processo de liquidação no Gabinete do Plano de Desenvolvimento da Região do Zambeze (GPZ). A região do Vale do Zambeze é atravessada pelo maior rio dos nove que atravessam o território nacional, criando ao longo do seu curso uma zona rica, tanto pelas suas condições agro-ecológicas como pelos recursos existentes no subsolo.
O Vale do Zambeze, com uma extensão de 225 mil quilómetros, representa 27, 8 por cento do território nacional, e abrange todos os 12 distritos da província central de Tete, nove distritos da Zambézia, sete em Sofala e quatro em Manica (todas no centro), contando com cerca de cinco milhões de habitantes, isto é, um quarto da população do país.
A mesma representa a maior reserva de água do país, possui capacidade de gerar energia e tem óptimas condições para a produção agrária, tanto de alimentos, com destaque para os cereais, nomeadamente arroz, milho e trigo, como de culturas de rendimento como o tabaco, algodão, cana-de-açúcar entre outras.
Roberto Albino disse, por exemplo, que a área energética está na lista dos grandes desafios que a nova agência se predispõe a realizar. Aliás, além do seu elevado potencial hidroeléctrico, o vale do Zambeze é fonte de uma das maiores reservas carboníferas do mundo, facto que comprova a sua distinção no contexto do desenvolvimento socio-económico do país.
Desta feita, segundo Albino, a futura barragem de Mpanda Nkua, que está na fase de estudos de viabilidade, será uma das várias prioridades que a agência vai depositar as atenções, mas com o objectivo de tornar a região muito mais produtiva visando garantir que ela contribua para o desenvolvimento do país.
LE/SG
AIM – 27.04.2011