Escândalo na Assembleia da República
A presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, lavou as mãos do escândalo. Reagiu ao Canalmoz / Canal de Moçambique dizendo que recebeu a proposta de drenar o dinheiro para Eduardo Mulémbwè e se absteve de decidir, tendo encaminhado o processo para a Comissão Permanente, onde foi aprovado por consenso.
A saída de Eduardo Mulémbwè da casa protocolar reservada ao presidente da Assembleia da República, teve custos astronómicos para os cofres do Estado. O Parlamento teve que desembolsar um milhão e duzentos e catorze mil e novecentos e noventa e oito meticais (1.214 998,00MT), alegadamente para o ex-presidente do Parlamento comprar mobília para a sua nova casa privada. Para além deste valor ser assustador, não está previsto na lei que isso aconteça.
A proposta de desembolsar este dinheiro dos cofres do Parlamento para benefício pessoal de Eduardo Mulémbwè veio do Conselho Consultivo de Administração (CCA), órgão presidido por Lucas Chomera, primeiro vice-presidente da Assembleia da República e ex-ministro da Administração Estatal no primeiro mandato de Armando Guebuza.
Verónica Macamo, contactada pelo Canalmoz / Canal de Moçambique, distanciou-se da decisão, mas confirmou ter já acontecido o desembolso.