O PRIMEIRO-MINISTRO, Aires Ali, empossou ontem, em Maputo, Roberto Albino no cargo de director-geral da Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze.
A nomeação do timoneiro daquela instituição conclui um processo iniciado em Junho de 2010, com a criação da agência através do Decreto número 23/2010, de 30 de Junho.
Na sua intervenção, Aires Ali afirmou que a agência deve prestar, o mais urgente possível, toda a assistência técnica necessária para que o Governo possa intervir com mais eficácia na produção agrária e na exploração de todo o potencial do vale, promovendo o desenvolvimento em toda a sua extensão territorial.
Neste contexto, explicou o governante, os equipamentos agrícolas e de transporte que a agência herda do extinto Gabinete do Plano de Desenvolvimento da Região do Zambeze (GPZ) devem começar a ser usados na produção e comercialização agrícolas, ao mesmo tempo que se acelera a construção das três unidades agro-industriais para o processamento do algodão, milho e arroz, localizadas em Guro, Angónia e Namacurra, respectivamente.
Uma das tarefas que cabe a Roberto Albino é assegurar que o enorme potencial daquela região possa ser explorado de forma sustentada e equilibrada, acção que deve ser feita em estreita e harmoniosa colaboração com o Governo provincial e os governos locais, recomendou o Primeiro-Ministro.
“O Governo, ao estabelecer esta agência para promover o desenvolvimento do Vale do Zambeze, reafirma a importância estratégica do mesmo, como parte integrante na solução dos problemas do país, rumo ao desenvolvimento”, disse Aires Aly, sublinhando que o desenvolvimento desta região assenta na valorização dos recursos hídricos da bacia do Zambeze, no aproveitamento do seu potencial energético, no aproveitamento dos seus ricos solos e recursos florestais e faunísticos, bem como na exploração dos recursos minerais abundantes em todo o vale.
“A expectativa é enorme, havendo que acelerar o passo na implementação de projectos que possam, a curto e médio prazos, responder aos anseios do povo, sobretudo na produção de alimentos, geração de renda e criação de emprego para os jovens, num contexto em que o país é confrontado com desafios resultantes da crise económica e financeira mundial”, ressalvou Aires Ali.
A região do Vale do Zambeze é atravessada pelo maior rio em território nacional, criando ao longo do seu curso uma zona riquíssima, tanto pelas suas condições agro-ecológicas, como pelos recursos existentes no subsolo.
Falando a jornalistas, momentos após ser empossado, Roberto Albino, que já dirigiu o Centro de Promoção Agrícola e participou no processo da extinção do GPZ, disse que uma das missões da agência é trabalhar para tornar o vale numa área onde o potencial de riqueza seja transformada em riqueza real.
Para além da agricultura, Roberto Albino explicou que o Vale do Zambeze tem um potencial energético, até porque o processo de construção da barragem de Mpanda Nkuwa já está em estudo.
“Há projectos na área económica que podem emergir lá, daí que teremos que dar um impulso mais rápido para que isso se efectue e a região contribua no desenvolvimento do país”, disse o director-geral da Agência do Zambeze.