O director-geral do extinto Gabinete do Plano de Desenvolvimento do Zambeze (GPZ), Sérgio Viera, afirma que a instituição realizou, durante os seus 10 anos de existência, uma diversidade de projectos cujo impacto não deve ser subestimado dado o seu contributo no alívio a pobreza em Moçambique.
Viera falava no fim da cerimónia de tomada de posse do director-geral da Agência de Desenvolvimento havida hoje, em Maputo, e que contou com a participação de vários membros do governo e outras personalidades ligadas as direcções de vários ministérios.
Segundo o director da extinta GPZ, muito trabalho foi feito e os resultados mais visíveis em uns do que noutros, até porque quando se fala do desenvolvimento minério que hoje está a florescer a olhos vistos na província central de Tete, e atraiu investidores do Brasil e Austrália, o GPZ esteve plenamente envolvido na sua actividade.
A fonte apontou, a título de exemplo, muitas outras actividades e acções que foram desenvolvidas a nível da base nas áreas da piscicultura, treino de gado à tracção animal, tendo sido adestradas acima de três mil juntas, assim como o melhoramento de sementes e os sistemas de irrigação em Munda-Munda e Nante, província central da Zambézia.
“Quando começamos a trabalhar na zona de Nante, o rendimento médio por hectare de arroz era cerca de uma tonelada, e ultimamente estava a atingir cerca de quatro toneladas”, disse Viera, apontando que estas e outras realizações foram feitas apesar de não serem visíveis.
Na ocasião, ele afirmou que os desafios continuam a existir, porque Moçambique ainda é um país desenvolvido e o Vale do Zambeze ainda não é uma zona de prosperidade, daí que é preciso transformar essas potencialidades em riqueza para o país e para o povo.
A região do Vale do Zambeze é atravessada pelo maior rio dos nove internacionais que atravessam o território nacional, criando ao longo do seu curso uma zona rica, tanto pelas suas condições agro-ecológicas como pelos recursos existentes no subsolo.
O Vale do Zambeze, com uma extensão de 225 mil quilómetros, representa 27, 8 por cento do território nacional, e abrange todos os 12 distritos da província central de Tete, nove distritos da Zambézia, sete em Sofala e quatro em Manica (todas no centro), contando com cerca de cinco milhões de habitantes, isto é, um quarto da população do país.
LE/SG
AIM – 27.04.2011