INICIA este ano, o programa de asfaltagem da estrada que liga Mphende, sede distrital de Mágoé, ao posto administrativo de Mucumbura, junto à fronteira com o Zimbabwe, na província de Tete, obra que vai eliminar o problema da transitabilidade para aquela zona durante a época chuvosa.
O delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE), em Tete, Jeremias Chau, disse ao nosso Jornal que a obra está a cargo da empresa moçambicana CETA e as “demarches” estão em curso para dentro dos próximos meses o empreiteiro iniciar a mobilização dos equipamentos e instalação de estaleiros para o início da obra ainda este ano.
Chau assegurou que a estrada, com um percurso de cerca de 50 quilómetros, para além da asfaltagem serão erguidas obras de artes nalguns riachos que atravessam a rodovia, completando deste modo o programa estabelecido pelo Governo na construção de raiz desta rodovia, que liga a capital provincial àquele distrito a nordeste de Tete.
Em relação à obra de asfaltagem iniciada em Novembro de 2008 da estrada R601 Chissua, distrito de Cahora Bassa, à sede distrital de Mágoè, Mphende, numa extensão de 130 quilómetros, Jeremias Chau disse que foi concluída no ano passado, restando apenas a construção de 17 obras de arte entre pontes e aquedutos, cujo trabalho decorre prevendo-se o seu término no próximo ano.
“Neste momento a obra está no período de garantia que é de 12 meses. Temos sim, trabalhos que devem continuar a serem executados na estrada que consistem na construção de cerca de 17 estruturas de arte para se atravessar os grandes rios por onde passa o traçado da estrada Chissua (Chitima)/Mphende/Magoé, ainda no presente ano” - disse Chau.
O delegado da ANE, em Tete, disse, no entanto, que o nível de transitabilidade nas vias rodoviárias da província é satisfatório uma vez que é possível o trânsito de viaturas na maior parte do território da província sem maiores obstáculos.
Os trabalhos da estrada rural de Zumbu estão a decorrer neste momento no troço cruzamento de Muze à sede do posto administrativo de Zambwe, num percurso de 50 quilómetros enquanto se equacionam meios financeiros para a rota Muze até à sede distrital de Zumbu.
“Nós atacamos primeiro esta faixa por se tratar de extrema importância no escoamento de produção agrícola, dado que a zona constitui um dos celeiros da província em termos de produção de comida, principalmente cereais, feijão, amendoim, entre outros produtos essenciais. Paulatinamente, vamos trabalhar com vista a alcançarmos a sede distrital de Zumbu, uma via que tem sido problemática durante a época chuvosa por se localizar ao longo da margem esquerda do rio Zambeze”, disse o nosso entrevistado.
A extensão da rede de estradas da província de Tete é de 4308 quilómetros, sendo 2932 de estradas classificadas e 1376 não classificadas, representando 68 e 32 porcento, respectivamente. Da rede classificada, 528 quilómetros constituem a rede primária, 1188 quilómetros da rede secundária, 823 da rede regional e outros 393 constituem a rede vicinal.
Em termos de pavimento, segundo a nossa fonte, a província possui cerca de 1000 quilómetros de estradas asfaltadas, 983 quilómetros de estradas terraplenadas e 1120 de estradas em terra natural e das estradas classificadas e 1376 quilómetros em terra natural de estradas não classificadas.
A transitabilidade da rede viária classificada situa-se em 2137 quilómetros, o que corresponde a cerca de 82 porcento da extensão total que é de 2932 quilómetros. O melhoramento localizado efectuado na estrada N322 Madamba/Mutarara, no troço Dôa/Nyamawabue, e das estradas rurais dos distritos de Angónia, Macanga, Marávia, Chifunde, Tsangano e Zumbu melhoraram a transitabilidade, tendo sido executados 325 22 quilómetros.
- Bernardo Carlos