HÁ um atraso na implementação em Moçambique dos projectos financiados pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA) ao abrigo de Millennium Challenge Account (MCA). Mas ontem, em conferência telefónica com jornalistas africanos, Daniel Yohannes, presidente do conselho de administração do Millennium Challenge Corporation (MCC), entidade responsável pelo financiamento, disse acreditar que em função do cometimento do Governo moçambicano, ainda há tempo para que sejam implementados a maioria dos projectos nos próximos dois anos e meio, período em expira o primeiro pacote de investimento de 500 milhões de dólares norte-americanos.
“Estamos atrasados na implementação dos projectos, mas acredito que teremos o cometimento da liderança de Moçambique que a maioria dos projectos planeados serão implementado, mas de momento estamos ligeiramente abaixo do projectado”, disse Daniel Yohannes.
O investimento de 500 milhões de dólares, a cinco anos que o Governo dos Estados Unidos da América está a efectuar em Moçambique, está a ser aplicado em diversos projectos de construção e ou recuperação de infra-estruturas, nomeadamente estradas, água e saneamento, bem como na melhoria dos rendimentos da agricultores.
Todos os projectos estão a ser executados no centro e norte do país, com o objectivo de melhorar os índices de desenvolvimento humano, no âmbito do cumprimento dos objectivos do milénio decretados pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com efeito, estão já em curso iniciativas visando o repovoamento dos palmares das províncias de Nampula e Zambézia. Nesta última, as plantas foram seriamente afectadas pela doença do amarelecimento letal do coqueiro, retirando aquilo que foi, há bem pouco tempo, a principal fonte de rendimento da população.
Em Nampula está prevista a recuperação e ampliação da barragem de Nacala para o fornecimento de água potável àquela cidade portuária, o que coincide com o facto de a zona ter sido transformada numa zona económica especial.
A maior parte das empreitadas encontra-se na fase de lançamento de concursos públicos, devendo as obras arrancar o mais breve possível, tendo em conta que se está a cerca de dois anos e meio para o fim do programa.