A PRODUÇÃO açucareira na Companhia de Sena, distrito de Marromeu, na província de Sofala, mais do que duplicou de 2001 a esta parte.
Com efeito, em 2010, aquela unidade produziu 47.408 toneladas de açúcar branco e castanho, contra 16.092 toneladas em 2001.
Dados em poder da AIM destacam o açúcar branco que passou de zero tonelada, em 2001, para 17.412 toneladas em 2010, enquanto o castanho evoluía de 16.092 toneladas, em 2001, para 29.996 toneladas, em 2010.
O ano de 2010 foi o primeiro ano de recuperação, depois do difícil ano de 2009, devido à seca.
Por outro lado, a colheita de cana em 2011 é prometedora, pois a estação seca foi clemente e a chuvosa começou a tempo, para além do aumento das áreas convertidas de cana sequeira para irrigada.
A Companhia de Sena, constituída em Agosto de 1998, possui uma área de 24 mil hectares, dos quais 16 mil em exploração.
Empregando, em média anual, uma força laboral de oito mil trabalhadores, a Companhia de Sena é resultado da criação de um ambiente propício de negócio por parte do Governo moçambicano, para a acomodação de investimentos estrangeiros.
Refira-se que a produção nacional do açúcar atingiu níveis considerados históricos reflectindo uma dinâmica resultante dos avultados investimentos realizados pelas açucareiras na reabilitação e melhoria de gestão da indústria.
Os dados estatísticos indicam que durante o ano passado foi produzido em todo o país um total de 281.726 toneladas de açúcar, o correspondente a um crescimento em cerca de 12 porcento em relação ao ano anterior.
Fontes do Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI) considera que, atendendo o facto de logo após a independência nacional em 1975, o país ter chegado a operar com seis açucareiras, atingir este recorde hoje com quatro unidades é, à partida, um bom indicador da dinâmica que ganhou a revitalização da indústria em Moçambique.
Numa primeira fase, os investimentos foram concentrados em quatro açucareiras, nomeadamente de Marromeu, Mafambisse, Xinavane e Maragra, e por último resulta também da implementação dos programas de expansão em curso, sobretudo na açucareira de Xinavane.
Actualmente, todas as açucareiras atingiram as suas capacidades máximas de produção e que o aumento de produção de açúcar tem sido influenciado também por melhorias consideráveis no rendimento agrícola que tem vindo a aumentar, embora a qualidade de cana tenha sido afectada por adversos factores climáticos. As melhorias registadas consolidam ganhos anteriores na eficiência, tornando Moçambique cada vez mais competitivo a nível internacional.