OS homens armados da Renamo, estacionados em Marínguè, na província de Sofala, continuam um empecilho ao desenvolvimento daquele distrito. A população pede a rápida desactivação do “quartel-general” e a sua consequente transformação em área de produção agrícola.
O antigo quartel-general da Renamo em Marínguè ocupa uma vasta área que, bem aproveitada, pode gerar o desenvolvimento distrital.
Esta e outras preocupações foram reiteradamente apresentadas esta semana ao Chefe do Estado, Armando Emílio Guebuza, no decurso da visita de trabalho que efectuou àquele distrito, no quadro da presidência aberta e inclusiva na província de Sofala.
Aliás, uma das pessoas que despoletou o assunto foi o antigo major da Renamo, Albertino Bola. Este, que acaba de desertar das fileiras da “perdiz” revelou que o ambiente que se vive no “quartel-general” não é nada salutar, sendo que os homens armados ali estacionados vivem como se de prisioneiros de guerra se tratassem.
Albertino Bola pediu ao Presidente da República para, nas suas funções de Chefe do Estado, garantir o cumprimento da lei, desactivando o quartel e integrando aqueles homens na sociedade. Não se explica, segundo Bola, a existência daquele exército paralelo, numa altura em que o país consolida a paz e a unidade nacional e caminha a passos largos rumo ao desenvolvimento.
Também Manuel Chinamassana se referiu aos homens armados da Renamo como figuras que devem ser desarmadas e reintegradas na vida socioeconómica do distrito.
“Nós já falamos como Senhor Presidente da República sobre os homens armados que se encontram nas florestas de Marínguè. Hoje reiteramos o nosso pedido de que sejam desarmados e reintegrados na sociedade porque “sujam” o nome de Marínguè”, disse Chinamassana.
O Presidente da República, Armando Guebuza, mostrou-se sensível à preocupação que lhe foi apresentada pela população e prometeu, sem entrar em detalhes, estudar o problema para encontrar as melhores soluções.
Armando Guebuza apelou à população de Marínguè para promover a cultura de paz e de tolerância e a evitar todos os cenários que possam conduzir à eclosão de novos conflitos no país.
O Chefe do Estado deixou Marínguè com a certeza de que apesar da prevalência de homens armados da Renamo e do ciclo de estiagem o distrito apresenta cenários de melhorias na vida da população. Até porque o Fundo de Desenvolvimento Distrital, vulgo sete milhões, está a proporcionar a existência de novos postos de trabalho e a gerar a renda para os residentes daquele distrito.
NOTA:
E o PR "prometeu, sem entrar em detalhes, estudar o problema para encontrar as melhores soluções."
Se até hoje, e desde 1992, não foi encontrada uma solução é porque há algo de escondido no AGP ou em paralelo a este.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE