Cenas que marcam o dia-a-dia do funcionamento da edilidade da Beira
- Fontes do O Autarca indicaram que é a segunda vez que Machute é sovado no local de trabalho pelos munícipes devido a problemas ligados com a atribuição de terrenos para habitação
- Sector transformou-se numa autêntica bagunça e há quem diga aqueles serviços não passam de uma verdadeira agência de negócio de terrenos
Um funcionário sénior do Conselho Municipal da Beira afecto ao sector de cadastro foi dado sova em pleno gabinete de trabalho e perante muita gente que na altura se encontrava naqueles serviços autárquicos para tratar de assuntos relacionados com a procura e legalização de terrenos para habitação.
O funcionário surrado, segundo soube O Autarca, é mais conhecido por Machute. Foi sovado na manhã desta terça-feira, 28 de Junho de 2011.
O Autarca soube nessa manhã que não se tratava da primeira vez que o funcionário em causa é dado porrada no seu gabinete de trabalho.
Fontes do jornal afirmaram que o mesmo funcionário é bastante procurado pelos munícipes por causa de problemas relacionados com atribuição de terrenos para habitação.
Disseram que geralmente tem sido difícil encontrar a ele no gabinete e quase sempre que está presente gera-se ambiente de confusão nos serviços.
Ele é um dos responsáveis máximo pela identificação e atribuição de terrenos.
Muita gente tem o procurado para exigir atribuição de terreno para construção de habitação e outros para reclamar dupla atribuição dos mesmos espaços. Consta que ele tem sido o principal protagonista de toda confusão que diariamente ocorre naqueles serviços municipais.
No entanto, as nossas fontes denunciaram, por se tratar de uma pessoa bastante próxima ao presidente do município, Daviz Simango, nunca sofreu alguma sanção disciplinar, apesar de estar claro que a sua atitude mancha a imagem institucional do município.
Disseram que o mesmo sucede com muitos outros funcionários que cometem irregularidades de diversa ordem no município, mas porque são familiares ou amigos de Daviz Simango nada lhes acontece.
O sector do cadastro, sobretudo, tornou-se uma autêntica “bagunça”.
Quase todos os dias há registo de confusões.
A desordem instalada naqueles serviços se confunde com o ambiente que caracteriza os mercados informais do Goto e da Praia Nova, na cidade da Beira, ou então, para os que não conhecem esta urbe, de Chipamanine, em Maputo.
Pode-se até dizer são os piores serviços municipais na cidade da Beira.
O balcão de atendimento não há uma única vez que não está empanturrado de gente. Não existem condições mínimas para o atendimento dos munícipes.
O membro da Assembleia Municipal da Beira, José Carlos Cruz, uma vez comentou ao nosso jornal afirmando que os serviços de cadastro desta autarquia tornaram-se numa autêntica agência de venda de terrenos.
O AUTARCA – 30.06.2011