A aliança tripartida governamental sul-africana está a atravessar os seus momentos críticos aventando se a possibilidade de desagregar, se persistir o que a Confederação Sindical da África do Sul (COSATU) chama de fraqueza de liderança do Presidente Jacob Zuma, em ultrapassar o clima de diferenças a nível do movimento.
Reunido a partir de hoje em Midrand, arredores de Joanesburgo, o ‘Comité Central da COSATU’ advertiu que se a recondução de Zuma para um segundo mandato na liderança do Congresso Nacional Africano (ANC) não for discutida devidamente haverá cisão na aliança.
Tensões entre a COSATU e o Partido Comunista Sul-Africano (SACP), aliados do ANC, têm comprometido a sobrevivência da aliança.
Apesar da COSATU ter se destacado na eleição de Zuma, em 2007, há alegações segundo as quais o Presidente não se tem relacionado devidamente com a liderança da organização, sendo assim pré – condicionada, por aquela organização de defesa dos direitos dos trabalhadores, a sua reeleição.
A reunião do Comité Central da COSATU, que se prolongará até a próxima Quarta-feira, vai discutir o que a organização classifica de fraqueza de liderança do ANC desde o seu congresso de Polokwane, no qual Zuma foi indicado para dirigir o partido, em substituição de Thabo Mbeki.
Um dos pontos que mais ‘irrita’ a COSATU é de Zuma estar alegadamente a tolerar casos de corrupção nas instituições do Estado.
A liderança de Zuma e o clima de tensão a nível da aliança vão dominar os trabalhos da reunião do 'Comité Central da COSATU'.
SUNDAY TIMES/JD
AIM – 27.06.2011