PELO menos 15 mil toneladas de arroz serão produzidas, este ano, no regadio do Chókwè, numa altura em que os agricultores já concluíram o processo de ceifa numa área de cerca de três mil hectares dos sete mil previstos, soube o “Notícias” junto dos diversos intervenientes que trabalham naquelas infiras-estruturas de rega na chamada capital económica de Gaza.
Segundo Inácio Mugabe, director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas, devido à inundação dos campos, originada pelas chuvas excessivas ocorridas de Dezembro do ano passado a Fevereiro do presente naquela região do país, obrigaram as máquinas a trabalhar em solos húmidos, uma situação que determinou, consequentemente, a diminuição da sua eficiência e avarias constantes dos equipamentos de ceifa.
“Isto, mais uma vez, reforça a necessidade de melhorar o sistema de drenagem para que a intervenção dos agricultores seja mais efectiva e reduzam os prejuízos no processo produtivo”, disse Mugabe.
Recorde-se que, a previsão inicial das autoridades governamentais, era de realização de uma área de cerca de sete mil hectares de arroz, uma pretensão gorada, essencialmente, pela incapacidade das máquinas de se fazerem aos campos para a realização de lavouras e outras operações culturais, devido ao alagamento das machambas.
A falta de capacidade de intervenção na área da manutenção, associado a vários outros problemas e a salinidade de solos tem estado a afectar o sistema do regadio do Chókwè.
Informações em nosso poder indicam que cerca de 10 mil hectares no regadio de Chókwè enfrentam sérios problemas de salinização devido às precárias condições de rega e drenagem, uma interferência negativa que se receia poder vir a se estender pelo resto daquelas infra-estruturas de rega, caso medidas preventivas não sejam urgentemente tomadas.
Entretanto, as autoridades governamentais de Chókwè acreditam que a questão da reabilitação do regadio deverá acontecer, em breve, uma vez ter sido seleccionado o concorrente para a execução da obra.
Trata-se duma intervenção que deverá abranger sete mil hectares de terras nas zonas agrícolas de Chilembene, Hókwè, Chalucuane, Muianga, entre outros. As obras, a serem financiadas pelo Banco Islâmico de Desenvolvimento, custarão ao Estado moçambicano pouco mais de 10 milhões de dólares norte-americanos.
- VIRGÍLIO BAMBO