O PRESIDENTE Armando Guebuza afirma que a presidência aberta e inclusiva não tem preço, por ser uma escola onde os moçambicanos interagem não só na identificação das melhores soluções para acabar com a pobreza, mas também por constituir um momento de reafirmação das suas convicções e determinações em face deste objectivo comum.
As presidências abertas, segundo Guebuza, são uma forma de viver a realidade do país que, apesar de estar a caminhar rumo à consumação do maior desiderato dos cidadãos, que se traduz no golpe triunfal contra a pobreza, continua ainda com muitos obstáculos por transpor, daí a extrema importância deste modelo de governação que realiza.
“A presidência aberta permite ver o que os moçambicanos estão a fazer, o milho, a soja que estão a produzir. Permite ver também como aparece uma estrada, uma escola onde se luta e se aprende como vencer a pobreza, daí que ela não tem preço”, reiterou Guebuza.
O estadista falava na tarde de ontem na sede do posto administrativo de Macaloge, distrito de Sanga, que dista a 110 quilómetros da cidade de Lichinga, capital provincial, no derradeiro comício da presidência aberta.
No exercício governativo, que termina sexta-feira, depois de 44 dias de intensa ofensiva política iniciada no dia 3 de Abril no Distrito Municipal Ka Mpfumu, em Maputo, Guebuza percorreu, em todo o país, um total de cinco cidades, 44 sedes distritais, 29 postos administrativos, 17 localidades, dois povoados e plantou 63 árvores, entre nativas, de sombra, de fruta e exóticas.
No final da árdua caminhada que realizou pelo país, Guebuza, visivelmente revigorado, a avaliar pela boa disposição com que se dirigia ao mar de gente que acorreu ao comício realizado nas sombras de Macaloge, disse que a presidência aberta não permite ver apenas as coisas boas, mas também aquelas que não estão bem no desenvolvimento do país.
“Nas presidências abertas não se vê apenas as coisas boas, mas também as coisas más, como onde não se tem água para beber, onde a chuva quando cai em demasia impede as pessoas de passar, onde não se tem a escola que as pessoas gostariam de ter para aprender melhor”, explicou o Presidente.
Numerosos moçambicanos, segundo o Chefe do Estado, ainda não têm acesso aos serviços como o de telefonia, a energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) que ainda não chegou a Macaloge, porém os passos até gora concretizados renovam a conclusão de que “seremos nós a vencer as dificuldades que ainda persistem”.
Guebuza apontou, a título de exemplo, que a nova escola secundária que visitou em Macaloge, com um total de nove salas de aulas, dois laboratórios, um bloco administrativo, um ginásio e um internato, com capacidade para 1125 alunos divididos em três turnos é prova da determinação dos moçambicanos em fazer a pobreza passar para a História.
- Leonel Muchano, da AIM