REPRESENTANTES de diversas confissões religiosas e da sociedade civil, dirigentes políticos e cidadãos anónimos juntaram-se fim de semana último na cidade de Quelimane, província da Zambézia, numa marcha pacífica a favor da paz da paz no país e no mundo em geral.
Pelo púlpito erguido em plena Praça da Independência naquela urbe, desfilaram vários líderes religiosos, cada um enaltecendo a paz prevalecente no país como condição “sine quanon” para o progresso económico. Entendem os intervenientes que a paz não é somente o calar das armas, mas é também a promoção do diálogo, o respeito e a tolerância entre os homens.
A Igreja Católica, por exemplo, diz na sua mensagem que a paz significa justiça social para todos os moçambicanos e que no lugar de desconfianças que se cultive a confiança, perseverança, tolerância e que se promova o desenvolvimento económico para o beneficio de todos os cidadãos independentemente das suas crenças políticas ou religiosas.
O Conselho Cristão de Moçambique, por seu turno, apelou aos governantes para que façam tudo o que estiver ao seu alcance em prol não só da manutenção da paz, como também na sua consolidação, usando das suas experiências para ajudar os outros povos e governos em conflito na busca deste bem social.
Na sua curta mensagem, o Conselho Cristão de Moçambique indica ainda que a paz é condição fundamental para o progresso económico de todos os povos.
As crianças que participaram na marcha também apelaram os governos a procurar soluções pacíficas para resolver eventuais divergências politicas.
“Nós, crianças moçambicanas, queremos crescer num ambiente de paz, prosperidade económica e em melhores condições para estudar”, disseram os continuadores em menagem lida na ocasião.
A Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que igualmente participou na marcha de aproximadamente três quilómetros, disse, no seu discurso, ser importante que grupos de pessoas que promovem acções que atentam contra a paz abandonem a ideia, uma vez que, o grosso dos moçambicanos, mais do que nunca, estão agora dispostos a trabalhar para combater a pobreza.
“Os moçambicanos estão dispostos a manter a paz e a lutar contra pobreza absoluta; estão dispostos a manter e preservar este bem comum como condição para a melhoria das suas condições de vida” disse Verónica Macamo.
Por seu turno, o governador da Zambézia, Francisco Itae Meque, convidou a todos os moçambicanos a fazerem tudo o que for possível para afastar os obstáculos que podem perigar a paz.
“A nível mundial, quando se fala de Moçambique, um dos aspectos mais salientes é a paz; nós somos uma referência quanto a busca e consolidação da paz. Por isso, temos que preservar este bem precioso”, disse Francisco Itae Meque.
A marcha pela paz teve como ponto de partida o Jardim dos namorados na Sagrada Família e percorreu as avenidas Heróis de Libertação Nacional e Marginal, indo desaguar na Praça da Independência.