Uma boa nova para a Vale e a Riversdale
Uma boa nova para a Vale e a Riversdale. Se a navegabilidade do rio Zambeze for aprovada pelo MICOA, o mesmo estará pronto para ser navegado em 2012, precisamente no mês de Novembro.
O rio Zambeze estará pronto em 2012 para servir os interesses de escoamento do carvão das companhias mineiras Vale e Riversdale, de acordo com o presidente da Riversdale, Casimiro Francisco.
Apesar das obras de reabilitação da Linha de Sena estarem atrasadas e que levará, pelo menos, cinco anos até estar operacional, a navegação do rio Zambeze é uma alternativa para minimizar o problema de vias de acesso para que o carvão comece a sair das minas de Moatize e Benga, em Tete, para o mercado internacional.
Ao se concretizar, este será o primeiro passo para o alcance dos objectivos da Estratégia para o Escoamento do Carvão, da Associação para o Desenvolvimento do Carvão Mineral – AMDCM – que propõe, para além da navegação do rio Zambeze, a construção da linha Beira-Moatize com acesso a Savane, assim como a linha Estia-Chicoa até Moatize e, depois, até Chinde, com interligação ao Corredor de Desenvolvimento do Norte, a partir de Mutarara.
O canal, porém, não pode entrar nas contas das companhias pelo menos antes do final de 2012, uma vez que se o relatório for aprovado e a licença ambiental emitida pelo Ministério para Coordenação de Acção Ambiental (MICOA), seguir-se-á o processo de dragagem inicial para a abertura do canal, iniciativa que poderá demorar 18 meses. Fazendo as contas, no mínimo, o canal só estará pronto em Novembro do próximo ano.
Este prazo vai contra a previsão inicial das companhias que esperavam ter a via à desposição antes de Novembro do próximo ano.
Refira-se que o Estudo de Impacto Ambiental sobre a navegabilidade do Rio Zambeze já está pronto, falta a sua submissão ao MICOA para a devida apreciação.
Estado decide uso do rio por outras companhias
A Riversdale está em frente do processo na navegação do rio Zambeze, mas há companhias em Tete que precisam de vias alternativas para o escoamento do carvão, caso da Vale que está na mina de Moatize.
O PAÍS - 03.06.2011