O fenómeno “Boca de Urna”, uma variante do “Banho” poderá influenciar a decisão das eleições presidenciais são-tomenses de 17 de Julho, como sendo, uma espécie de grandes penalidades numa final de um jogo de futebol.
Enquadrado no fenómeno “Banho” em que os candidatos namoram votos ao troco de dinheiro e outros bens materiais durante a campanha eleitoral, a prática de “Boca de Urna” só acontece no próprio dia das eleições a escassos metros da sede de votação, com candidatura a oferecer dinheiro ao eleitor para ganhar votos.
Sendo uma variante do fenómeno “Banho” a prática de “Boca de Urna” “Boca de Urna” é considerado um lance de última hora em que próprio eleitor fica a espera do dinheiro por parte do candidato para depois ir votar.
Tratando-se de uma prática que já vem de longe, analistas políticos admitem que o fenómeno “Boca de Urna” aumenta a probabilidade de conquista de votos, mas não garante ao candidato a confiança de que o eleitor “bocado” na urna terá votado na sua candidatura.
Apesar de pouca probabilidade em termos de conquista de votos, a semelhante do fenómeno “Banho”, a pratica de “Boca de Urna” é comparado a um jogo de sorte e do saber numa autêntica marca de grandes penalidades num final de futebol.
Na sequência desse argumento e do fenómeno, admite-se a hipótese que a decisão das eleições presidenciais de 17 de Julho será uma autentica de final de um jogo de futebol a decidir através de grandes penalidades, com os potenciais candidatos a se apostarem quase a 100 por cento na “Boca de Urna”.
Em depoimento ao jornal Visão de Sábado um director da campanha de um dos 10 candidatos as presidenciais de 17 de Julho considerou que “o investimento na Boca de Urna é uma prioridade e um mal necessário para a conquista de votos”.
Tendo considerado “um jogo de sorte e azar”, o nosso entrevistado que pediu anonimato disse que “a aposta na Boca de Urna é uma aventura arriscada de conquista de voto por parte dos candidatos”.
Defendeu ainda que por se tratar da eleição presidencial este fenómeno poderá jogar um papel de extrema importância, tendo apontado como exemplo “o caso de um eleitor indeciso, sem nenhuma preferência, que poderá, facilmente, ser influenciado por “Boca de Urna”.
Num horizonte de 93 mil eleitores numa escala de cem, duzentas até trezentas mil dobras por cada eleitor, admite-se que milhões e milhões de dobras ( moeda são-tomense ) irão circular só em “Boca de Urna” no dia 17 nas eleições presidenciais são-tomenses.
Ricardo Neto
Visão de Sábado – 15.07.2011