O CHEFE de Estado angolano pediu ao seu ministro do Interior informações detalhadas sobre a situação de desmaios de centenas de alunos em diversas escolas do país, por alegada inalação de substância tóxica desconhecida, noticiou a agência LUSA.
As autoridades angolanas registaram na quarta-feira, nas províncias de Luanda, Cunene e Cabinda 96 casos de desmaios de crianças, na sua maioria do sexo feminino, por alegada inalação de substância tóxica ainda não determinada.
Faustino Sebastião, do ministério do Interior, precisou à ANGOP que 68 dos casos ocorreram nos municípios de Viana e Rangel. Os restantes em quatro estabelecimentos escolares de ensino secundário, dos quais três do Cunene e um de Cabinda.
As vítimas foram evacuadas para unidades hospitalares mais próximas, tendo a maioria recebido alta depois da assistência médica, segundo a agência angolana.
O Ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Carlos Maria da Silva Feijó, adiantou na quarta-feira que o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, está preocupado com aquela situação e deu orientações ao Ministro do Interior, Sebastião Martins, no sentido de prestar-lhe, brevemente, informações detalhadas sobre a situação.
Segundo Carlos Feijó, a situação é lamentável, mas o Executivo vai agir com “firmeza e veemência” logo que sejam conhecidas as causas, principalmente se estas configurarem uma acção criminosa.
"O Governo, a seu tempo, fará sair uma posição própria”, afirmou o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, sem especificar o que está a ser feito para combater o problema existente em diversas escolas do país, segundo a Angop.
De acordo com a LUSA, casos semelhantes ocorreram no início da semana em escolas do município de Viana, em Luanda, e Ondjiva (Cunene).
Na província de Luanda, cerca de duzentos alunos dos municípios de Viana e do Rangel desmaiaram na quarta-feira. O facto obrigou ao lançamento de um pedido de profissionais de saúde voluntários para acudir à situação em Viana, onde cerca de 150 estudantes foram internados.