Morte de médico espanhol, em 1973, em Moçambique
Também se confirma que Frelimo mentiu em comunicado
Na operação contra passageiros de avião civil perdeu a vida o Dr. Angel Garabaizal, médico de Francisco Franco, chefe da ditadura franquista
A morte do Dr. Angel Garabaizal, médico pessoal do antigo presidente do Estado espanhol, General Francisco Franco, ocorrida em Moçambique durante a luta armada pela independência nacional, foi reivindicada pela Frelimo num comunicado emitido em território tanzaniano cerca de quatros meses após o sucedido. A revelação vem contida no livro, «Moçambique 1974: O Fim do Império e o Nascimento da Nação» recentemente lançado em Maputo.
Da autoria de Fernando Amado Couto, o livro refere que “entre as acções da guerrilha em Manica e Sofala, destaca-se um ataque ao acampamento da SAFRIQUE, de Nhamacala, a 1 de Julho de 1973, em que o médico pessoal do presidente espanhol Francisco Franco, dr. Angel Garabaizal, foi morto.” Couto cita um “comunicado de guerra” da Frelimo, elaborado na base de Nachingwea a 16 de Novembro de 1973, no qual se afirma que os guerrilheiros deixaram o avião aterrar na pista de Nhamacala, tendo disparado e o “avião ficado completamente destruído e incendiado pelo fogo, tendo morrido lá um médico-cirurgião pessoal do generalíssimo Franco, de Espanha». O mesmo comunicado que, segundo o autor, foi elaborado pelo general Sebastião Marcos Mabote, diz que o ataque em que perdeu a vida o médico espanhol tinha como objectivo “criar contradições do inimigo no seio dos seus amigos”. Diz o mesmo comunicado que no acampamento de Nhamacala “havia um número de soldados disfarçados à civil que tinham as suas armas debaixo das camas para os turistas não desconfiarem da luta armada naquela zona”.
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