A COMPANHIA petrolífera britânica “Shell” anunciou recentemente que vai avaliar os riscos que se poderão traduzir nos seus projectos de investimento na África do Sul, dada a “crescente” incerteza pela nacionalização das minas propalada pela Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano (ANC).
O grupo faz parte de outras duas companhias que estão a considerar se vão ou não injectar os seus fundos na exploração de reservas de gás na bacia de Karoo. As outras são a “Bundu Oil e Gas” e “Falcon Oil e Gas”.
Jan Willem Eggink, director-geral das operações da Shell na África do Sul, afirmou, na quarta-feira, que, em caso da nacionalização for a política do governo, a companhia aconselha-se a avaliar os riscos que isto poderá traduzir-se nas suas actividades no país.
A nacionalização da indústria mineira e, possivelmente, de bancos tem sido propalada pela ANCYL, mas os outros membros da aliança tripartida governamental, nomeadamente o Partido Comunista Sul-Africano (SACP) e Confederação Sindical da África do Sul (Cosatu) não têm mostrado muito entusiasmo.
O debate sobre a tomada das minas, de acordo com a ANCYL, tem por finalidade resolver a questão do crescente desemprego, que se situa na ordem de 36 porcento.