A CARGA manuseada no Porto de Maputo, no período de Janeiro a Julho deste ano, atingiu os 6,4 milhões de toneladas, aproximadamente 1,6 milhão a mais em relação aos resultados obtidos em igual período do ano passado.
Segundo a avaliação da administração do porto, o aumento do volume de carga começou a ser efectivo após a conclusão da dragagem daquela infra-estrutura, em meados de Janeiro último, permitindo o acesso a navios de calado até 12 metros.
Com efeito, de acordo com dados confirmados pela unidade de assuntos corporativos, o Porto de Maputo recebeu, de Janeiro a Julho deste ano, um total de 597 navios de carga, mais 32 comparativamente a igual período de 2010. No entanto, segundo a fonte, embora a diferença numérica não seja expressiva, nota-se que, na verdade, o número tende a diminuir mês após mês, facto explicado pela tendência crescente de entrada de navios maiores para o porto, transportando muita carga de uma só vez.
Compulsando sobre o volume de carga manuseada, a nossa fonte fixou em 6.428.244 toneladas nos primeiros sete meses deste ano, contra 4.861.244 toneladas em igual período do ano passado. A maior taxa de incremento da carga manuseada é relativa aos minerais a granel, nomeadamente ferro-crómio, minério de ferro, carvão e magnetite.
O ferro-crómio, por exemplo, registou o maior incremento do volume manuseado, tendo passado de 592,7 mil toneladas em 2010 para perto de 1,1 milhão de toneladas nos primeiros sete meses deste ano.
O carvão granulado também registou um incremento substancial, tendo passado de 174,8 mil toneladas entre Janeiro e Julho de 2010, para 486,6 mil em igual período de 2011.
Enquanto isso, o volume de carga manuseada entre os meses de Janeiro e Julho no terminal de cereais da Matola cresceu de 27,8 mil toneladas em 2010 para 139,8 mil toneladas em 2011.
Orçada em 20 milhões de dólares, a dragagem do Porto de Maputo foi concluída em meados de Janeiro de 2011, tendo sido removidos cerca de 2,1 milhões de metros cúbicos de sedimentos, 46.5 mil, dos quais eram de rocha.
Além de ter resultado no aumento no número de navios de grande porte que entram no porto, com impacto no incremento da carga manuseada, a dragagem permitiu igualmente a redução do tempo de espera das embarcações às marés.
A dragagem permitiu o aumento da profundidade dos canais do Norte, Polana, Xefina, Catembe e Matola, de uma média anterior de 9,4 metros para 11 metros.
O material retirado durante a operação de dragagem foi usado para aterrar áreas onde estão projectadas novas infra-estruturas no âmbito do desenvolvimento e expansão do porto.
Recorde-se que em meados do ano passado o Governo aprovou a extensão do contrato de concessão do porto por um período adicional de 15 anos, contados a partir de 2018, de forma a permitir que a sociedade concessionária - MPDC - realize investimentos adicionais na ordem de 700 milhões de dólares norte-americanos, orientados sobretudo para o melhoramento e ampliação das infra-estruturas portuárias.