O antigo chefe do extinto programa de armas químicas e biológicas do abolido regime do apartheid, na África do Sul, Walter Basson, usou o seu conhecimento médico para destruir vidas humanas, sobretudo dos que se opunham ao sistema da supremacia branca no pais e nos estados vizinhos, entre os quais Mocambique.
O professor norte-americano, Sterven Miles, especialista em bioética, disse que o fundamento da ética da medicina é de promover a saúde humana e não causar mortes.
Miles afirmou que Basson, que também foi médico pessoal do ex-Presidente da Africa do Sul, Pik W. Botha (ja falecido), causou muitas mortes entre activistas anti-regime do apartheid.
Basson está sendo ouvido pelo conselho profissional médico sul-africano sobre se deve ou não continuar a exercer medicina.
O conselho acusou aquele cardiologista de fabricar armas químicas e outros engenhos biológicos que foram usados em Moçambique e Angola no quadro da política de desestabilização do apartheid, face ao apoio que estes paises prestavam aos movimentos de libertacao sul-africanos.
Basson foi chefe do programa de armas químicas e biológicas da discriminação racial entre 1981 e princípios de 1993, um ano antes das primeiras eleições multiraciais.
Em 2002, foi absolvido pelo Tribunal Supremo de Pretória da acusacao de envolvimento em casos de assassinatos, fraúde e tráfico de drogas.
Miles argumentou que as acções de Bassoon eram contrárias a ética internacional de médicos, incluindo da associação internacional de médicos, da qual a África do Sul é signatária.
Convidado a testemunhar na audiência de Basson, Miles explicou que os médicos não são autorizados a destruirem a vida humana.
Acrescentou que Basson procedeu fora de critérios de ética ao liderar um programa de armas químicas e biológicas com fim claro de matar pessoas.
Bassou produziu mandrax, gás lacriomogénio, extase e outros engenhos biológicos com o poder de incapacitar ou mesmo ceifar a vida humana.
O ex-médico pessoal de P.W. Botha desenvolveu armas de guerra que viriam a ser usados contra Moçambique e Angola, sob alegacao de travar o avanço do Comunismo na região.
AIM – 29.09.2011
MAIL & GUARDIAN/JD/sn