MILHARES de pessoas testemunharam ontem, no povoado de Chilembene, distrito de Chókwè, em Gaza, à inauguração de um majestoso monumento histórico erguido em memória de Samora Moisés Machel, primeiro Presidente de Moçambique independente.
A inauguração do monumento insere-se nas celebrações do 78º aniversário do nascimento de Samora Machel, em homenagem ao fundador da República de Moçambique.
O Presidente Armando Guebuza foi quem descerrou a placa do monumento, com o testemunho de membros dos Governos Central e Provincial, representantes do Corpo Diplomático, de partidos políticos, incluindo a oposição e de dois convidados de honra, nomeadamente os Presidentes Denis Sassou Nguesso, do Congo Brazzavile, e Ian Khama Seretse Khama, do Botswana.
Inserido nas celebrações também foi aberto em Chilembene um Centro de Conhecimento e Documentação Samora Machel – uma iniciativa da família Machel que visa maximizar as diversas potencialidades e oportunidades sociais, económicas e culturais existentes naquele posto administrativo para o desenvolvimento local.
Dirigindo-se à moldura humana que acorreu ao local, o Presidente da República afirmou que o descerrar da estátua representativa de Samora Machel reforça os laços de cada moçambicano com a História do país. Desta forma, segundo Guebuza, se exalta a heroicidade do povo e se dá devido destaque ao exemplo de heroicidade que o Presidente Samora foi.
“Ao descerrarmos esta estátua estamos a colocar o Presidente Samora Machel no patamar que merece, por mérito próprio, e a reconhecer a sua esclarecida, carismática e firme liderança na luta de libertação nacional que levou à conquista da independência”, referiu.
Armando Guebuza acrescentou que o monumento não representa apenas a estátua do Presidente Samora Machel, mas também a figura de um homem de início vulgar e que se tornou invulgar ao longo da sua vida.“As dimensões dessas virtudes e da forma como construiu o seu percurso invulgar só podem ser devidamente resgatados se formos capazes de recuperar o contexto político, social e económico em que ele lutou para alcançar essa grandeza”, disse.
O Chefe do Estado descreveu Samora Machel como indivíduo que decidiu fazer a sua parte, lutando contra o sistema que pré-determinava não só o seu horizonte como também o horizonte de todos moçambicanos cujo potencial esse sistema atrofiava e desperdiçava propositadamente para negar ao povo o seu direito de assumir o seu lugar no concerto das nações.
- Salomão Muiambo