O EMPRESÁRIO Ismail Jassat, 49 anos, foi encontrado morto, na manhã de ontem, no interior do seu estabelecimento, sito na avenida Karl Marx, na cidade do Maputo.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) admite a possibilidade de se tratar de um caso de assassínio, pois o corpo do malogrado apresentava sinais de golpes desferidos com recurso a objectos contundentes.
O corpo do finado foi descoberto por um guarda do edifício número 1744, onde funciona a Serigrafia Aquarius, propriedade do finado. O segurança ia pedir que Ismail Jassat retirasse a sua viatura que, na circunstância, tinha bloqueado o carro de um morador do prédio, onde funciona a serigrafia.
Foi nessa ocasião que o vigilante se apercebeu que o estabelecimento estava com as portas entreabertas e, no seu interior, um corpo sem vida e com a cara ensanguentada jazia no chão, tendo a partir daí informado aos demais residentes.
Os moradores do edifício trataram de comunicar o caso às autoridades policiais e contactar a família do malogrado.
Parentes, amigos e companheiros da vítima, presentes no local da ocorrência, contaram que era frequente a vítima se deslocar ao seu local de trabalho durante as tardes, particularmente em situações de sobrecarga de encomendas.
Escusaram-se a tecer comentários sobre o que estaria por detrás deste crime, lamentando apenas a forma violenta como Ismail Jassat morreu.
Os agentes da PRM, indicados para tomar conta do caso, disseram ao “Notícias” que a primeira suspeita é de que Ismail Jassat tenha sido assassinado, uma vez que o corpo apresentava vários golpes, particularmente na face.
No entanto, afirmaram ser prematuro prestar declarações sobre as causas do crime, bem como sobre os possíveis suspeitos, porque o caso ainda está em processo de investigação e que era preciso ouvir todas as pessoas naquele estabelecimento.
O porta-voz do comando da PRM, na cidade do Maputo, Arnaldo Chefo, afirmou que o caso foi entregue à Polícia de Investigação Criminal (PIC), entidade que vai dar prosseguimento às investigações com vista ao seu esclarecimento.
Chefo não se referiu a detidos, mas prometeu que a sua instituição se iria pronunciar sobre o caso, à medida que as investigações forem decorrendo.
Ismail Jassat era comentador do programa desportivo Bola ao Ar, da Televisão de Moçambique (TVM).