O EX-PRIMEIRO-MINISTRO do deposto Governo de Muammar Kadhafi foi detido quinta-feira na Tunísia, onde se refugiou na eminência da queda do regime.
Al Baghdadi Ali al Mahmoudi foi condenado a seis meses de prisão por ter entrado ilegalmente na Tunísia na noite de quarta-feira. “Ele foi detido porque não tinha carimbo no passaporte”, disse uma fonte do Ministério do Interior tunisino.
O ministro da Justiça do novo Governo líbio disse que Tripoli irá solicitar a extradição dele. “Baghdadi supervisionou directamente as operações relacionadas com o assassinato de líbios”, afirmou Mohammed al Alagi à TV Al Arabiya.
O ex-primeiro-ministro é o mais graduado membro do regime de Kadhafi a ser preso até agora.
Enquanto isso, o Conselho Nacional de Transição (CNT, Governo de transição) continua a esforçar-se para consolidar o seu controlo sobre o país, dividido por rivalidades tribais e regionais.
Os comandantes militares disseram que as suas forças ocuparam a remota região de Jufra e arredores, onde as forças do Governo teriam encontrado um arsenal de armas químicas, e que também ampliaram a sua presença em Sabha, outro reduto de Kadhafi no Sahara.
Ahmed Bani, porta-voz militar do CNT, disse a jornalistas em Tripoli que “há alguns bolsões de resistência por franco atiradores” em Sabha, mas que “a resistência está desesperada”.
“Eles sabem muito bem que afinal de contas irão mostrar a bandeira branca ou irão morrer. Eles estão a lutar por si mesmos, não por Kadhafi” - salientou.
Segundo Bani, a perseguição do CNT a Kadhafi está prestes a terminar. “Não há tribo ou cidade inteira que esteja ao lado de Kadhafi. Estou a pedir a todos no sul para darem alguma notícia sobre ele e seus seguidores”.
Walid acrescentou que há rumores de que Kadhafi teria fugido de Sabha, “mas isso não pôde ser confirmado”.