“Nós não queremos dinheiro, precisamos de assistência técnica, transferência de partilha de know-how. O dinheiro faz mal ao nosso governo” – Simon Kaheru, analista de Imprensa, de Uganda
“Tanzânia está independente há 50 anos, mas ainda depende de doações externas em 40% do seu orçamento anual. Eles (os políticos) compram Porsche (marca de carro de luxo) com o dinheiro da ajuda”– Florence Magurula, editor de “The Citizen Newspaper” da Tanzania
Num encontro entre membros do governo finlandês e jornalistas africanos, em que o Canalmoz – Diário Digital e o Canal de Moçambique – Semanário estiveram representados, os escribas questionaram a necessidade de se manter ajuda directa aos orçamentos anuais de Estados do continente. A questão levantada pelos jornalistas africanos prende-se com o facto de anualmente o governo finlandês – à semelhança de outros governos europeus – canalizar fundos directos para certos governos africanos em nome de ajuda aos povos, mas estes fundos serem depois gastos em exuberâncias dos dirigentes, como aquisição de viaturas luxuosas e de alta gama, bem como em construção de palácios privados. Moçambique é disso, exemplo. Aliás, no continente africano, regra geral, vive-se o paradoxo de os países serem os mais pobres do mundo, enquanto os dirigentes perfilam na lista dos indivíduos mais ricos do mundo.