Moçambique para todos

Em 1975 Estados Unidos indecisos sobre quem e como ajudar na luta contra o MPLA

Documentos secretos: Kissinger não queria ajudar UNITA

O antigo Secretário de Estado americano Henry Kissinger mostrou-se relutante em ajudar a UNITA na sua oposição ao MPLA, indicam documento secretos acabados de publicar pelo Departamento de Estado.
Os documentos indicam que a menos de cinco meses da independência de Angola e com a guerra civil a aproximar-se as autoridades americanas continuavam sem saber a quem dar o seu apoio e como fazer chegar esse apoio.
A indecisão versava não só quem apoiar para fazer face ao MPLA mas também oposição dentro da burocracia americana a um envolvimento no conflito que se avizinhava.
Para além disso o governo americano estava inicialmente apostado em apoiar a FNLA um movimento que se mostrou ineficaz no campo de batalha.
Ouça aqui:

Documentos secretos Kissinger não queria ajudar UNITA Notícias Portuguese

Tribunais comunitários devem alargar suas competências aos casos sumários

– defende director da UTREL, o jurista Abdul Carimo

Os tribunais comunitários, que, de acordo com a legislação moçambicana, “são a base do sistema de administração da justiça no país”, deviam ter competências mais alargadas ou seja as de resolver casos sumários, que actualmente são tratados nas instâncias judiciais convencionais, segundo defende o director da Unidade Técnica da Reforma Legal (UTREL), o jurista Abdul Carimo. Os tribunais comunitários são instâncias não judiciais de resolução de conflitos com competência para a conciliação e julgamento de pequenas causas e delitos de pequena gravidade.
A lei que cria estes tribunais sublinha que eles servem para a “promoção do acesso à justiça e ao direito, a dinamização e consolidação de uma justiça de proximidade, a prevenção dos conflitos, o reforço da estabilidade social e a valorização, de acordo com a Constituição, das normas, regras, usos, costumes e demais valores sociais e culturais existentes na sociedade moçambicana”.

Eleições Intercalares: Validada inscrição do MDM

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) acaba de validar a inscrição do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) para concorrer às eleições autárquicas intercalares de Dezembro próximo nos municípios de Cuamba, Pemba e Quelimane.

Maputo, Quinta-Feira, 22 de Setembro de 2011:: Notícias

Falando ontem ao “Notícias” o vogal da Comissão, Juvenal Bucuane, disse que a inscrição foi aceite porque reúne os requisitos exigidos para o efeito. Até agora, o MDM é a única força política que se inscreveu para concorrer às eleições intercalares, num processo que decorre até ao dia oito de Outubro.

Neste momento decorrem, a nível do órgão, actividades normais visando os preparativos das fases subsequentes do calendário por si aprovado. Entretanto, num edital publicado na edição de ontem deste jornal, a Comissão Nacional de Eleições lembra que, nos termos do artigo 123, alíneas a) e b), da Lei 18/2007, de 18 de Julho, as candidaturas ao cargo de presidente do Conselho Municipal devem ser apoiadas por um mínimo de um porcento de eleitores inscritos na área da respectiva autarquia.

Beluluane A: Um barril de pólvora

Beluluane A, no posto administrativo da Matola-Rio, província do Maputo, vive momentos de tensão, com a população local já a pedir o afastamento do secretário do bairro, por alegadamente nada fazer para a resolução dos problemas da zona, limitando-se apenas a cuidar de negócios pessoais.

Maputo, Quinta-Feira, 22 de Setembro de 2011:: Notícias

O conflito entre o secretário Paulo Manala, à frente dos destinos daquele bairro há cerca de 10 anos, vem se arrastando desde há algum tempo, sendo aquele acusado de não resolver os problemas da população. Mas terá sido na sequência das obras da montagem de uma rede de abastecimento de água que as relações entre as partes se deterioraram.

A conduta geral colocada no âmbito das obras financiadas pelo Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) não chegou a uma das zonas densamente povoadas do bairro.

PRODUTORES INTRODUZEM NOVAS VARIEDADES DE ARROZ

Made in Mozambique

-Wiwanana Wanamalima sem meios para mecanização agrícola

A Cooperativa Wiwanana Wanamalima (União dos Produtores Agrícolas) está a fomentar novas variedades locais de arroz nos distritos de Mogincual, Angoche e Moma, sul da província de Nampula.

Tratam-se das variedades nihaya, rafik, madjuma, wibo e surrado, consideradas aromáticas e com sabor natural pelos consumidores..

Constituída em 2008, a Cooperativa Wiwanana Wanamalima conta actualmente com 40 membros, 10 dos quais do sexo feminino, e dedica-se à produção, comercialização e processamento de arroz naquela região bastante rica na produção daquela cultura alimentar e de rendimento.

Nós queremos valorizar os produtos nacionais e reduzir a dependência externa. Agora estamos preocupados em obter o selo “Orgulho moçambicano Made In Mozambique”. Disse Fernando Loja, secretário de direcção da mencionada agremiação.

Decidi hoje escrever sobre a candidatura de Manuel Araújo

Decidi hoje escrever sobre a candidatura de Manuel Araújo a presidência do Município de Quelimane nas próximas eleições intercalares, como consequência da “demissão” de Pio Matos.
Mas antes que me atente na análise, gostaria de chamar atenção ao que não irei comentar:

 - Este texto não irá comentar o significado das lágrimas por ele vertidas nas câmaras da STV, numa entrevista por ele concedida há dias atrás;
 - Este texto não irá comentar as entrevistas por ele dadas aos vários órgãos de informação por achá-las enquadradas dentro da sua estratégia de campanha;
 - Este texto não discutirá a estratégia de campanha de Manuel de Araújo.
Manuel de Araújo é de facto um novo penteado na política Moçambicana.
Activista nato, político e académico com créditos firmados, surpreendeu-me e acredito a outros também, ao ter anunciado a sua candidatura pelo MDM. A novidade em mim não é necessariamente da sua candidatura e sim do partido com o qual alinha.

Produção nacional agrícola a duas/três toneladas por hectare da África do Sul

Milho híbrido

As autoridades moçambicanas dizem ser fundamental apostar na melhoria da eficiência na produção agrícola, de modo a que o país seja cada vez mais competitivo, tirando partido do seu enorme potencial agrícola. “Temos que melhorar a nossa eficiência e esta é que deve ser a aposta para o futuro”, disse ontem à AIM o director nacional de Extensão Agrária, Momed Valá.
Segundo aquele responsável, a vizinha África do Sul produz, actualmente, uma média de seis a sete toneladas de milho híbrido por hectare, contra quatro toneladas/ha de Moçambique.
Valá realçou que “toda a produção sul-africana é na base de híbridos e Moçambique, também utilizando híbridos, produz quatro toneladas, mas com variedades normais como Matuba e outras, estamos a fazer 1.8 tonelada/ha”.
Considerou que o “know how” já existe, “o que precisamos é de melhorar cada vez mais a nossa eficiência na produção, e só assim é que podemos ser mais competitivos”.
“Actualmente, qualquer produção sul-africana é feita em regime de regadio, mas, infelizmente, Moçambique ainda tem 97 a 98 por cento da sua população agrária a produzir em regime de sequeiro, porque ainda são diminutas as benfeitorias para o sistema de irrigação”, frisou.

Abdul Carimo ‘fecha os olhos’ aos negócios de Guebuza com o Governo

O director da Unidade Técnica da Reforma Legal (UTREL), Abdul Carimo, disse, ontem terça-feira, no Complexo Kaya Kwanga, em Maputo, em entrevista ao Canalmoz – Diário Digital e Canal de Moçambique – Semanário, que uma proposta de lei ora em divulgação coloca um acento tónico na proibição dos dirigentes do Estado de efectuar e manter negócios privados com o governo que integram, como uma das formas de combater a corrupção.

Importa referir que é sobejamente conhecida a prática de alguns membros do executivo de Armando Guebuza, incluindo ele próprio, que, através das suas empresas, intermedeiam negócios do Estado, e as empresas de que são sócios vendem serviços às instituições públicas. Foi o caso da TATA Group que é sócia de Armando Guebuza e Fernando Sumbana na TATA Moçambique e vendeu recentemente 150 autocarros de marca TATA ao governo, sem qualquer concurso público.

Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/20352-abdul-carimo-fecha-os-olhos-aos-negocios-de-guebuza-com-o-governo.html

Tete: Carvão mineral na rota da 2ª ponte

UMA forte camada rochosa de argelitos carbonosos e de carvão encontrada ao longo do solo atravessado pelo traçado da obra de construção da segunda ponte sobre o rio Zambeze, ligando o distrito de Moatize e o município da cidade de Tete, através da localidade de Benga e do Bairro Mphadue, está a abrandar o ritmo das obras daquela infraestrutura de grande engenharia, iniciadas em meados do ano passado, 2010.

Maputo, Quarta-Feira, 21 de Setembro de 2011:: Notícias

 

O Engº José Frutuoso, responsável do consórcio construtor da ponte, constituído pelas empresas portuguesas Mota-Engil, Soares da Costa e Opway, disse que o carvão mineral está a ser facilmente encontrado a uma profundidade de 16 metros na margem de Benga e ao longo do leito do rio entre 25 e 30 metros e do lado de Mpáduè e na cidade de Tete, a partir dos 36 metros em diante.

Fortaleza de Sena reconquista turistas

A FORTALEZA de Sena, então sede religiosa de toda a ex-colónia, volta a movimentar centenas de turistas nacionais e estrangeiros naquele ponto do distrito de Caia, localizado nas margens do “Grande” Zambeze, em Sofala.

Maputo, Quarta-Feira, 21 de Setembro de 2011:: Notícias

Segundo as escrituras nela estampadas, “no reinado de D. Carlos I, sendo governador-geral da província de Moçambique, João António D’Azevedo Coutinho Fragoso de Sequeira, e governador do território de Manica e Sofala, Alberto Celestino Pinto Bastos, mandou a Companhia de Moçambique reconstruir este padrão no ano de 1906”.

Para já não existem no terreno documentos que relatam o surgimento da fortaleza, mas fontes orais apontam que a obra apareceu misteriosamente, sendo que cada parte interpreta da sua maneira.

Documentos Secretos: Kaunda queria Savimbi como primeiro presidente de Angola

Em 1975 americanos desconheciam Savimbi. Kissinger quis saber se dirigente da Unita tinha "força para governar"

O antigo presidente da Zâmbia Kenneth Kaunda propôs aos Estados Unidos um plano para que Jonas Savimbi fosse nomeado primeiro presidente de Angola mesmo após eleições.
Kaunda considerava Savimbi como o  único dos dirigentes nacionalistas angolanos em 1975 que “poderia salvar a situação” no país.
Este facto está incluindo entre milhares de documentos publicados pelo Departamento de Estado americano que indicam também que Kaunda transmitiu ao governo americano a mensagem que dirigentes africanos como Julius Nyerere e Samora Machel tinham uma imagem positiva de Savimbi.
Esses documentos indicam também que  mesmo antes da queda do governo colonial português  o então Zaire procurou o apoio dos Estados Unidos para a FNLA de Holden Roberto.
Ouça aqui:

Documentos Secretos Kaunda queria Savimbi como primeiro presidente de Angola Notícias Portuguese

Mas no final de 1974 os Estados Unidos estavam ainda relutantes em apoiar Roberto enquanto no inicio de 1975 destacadas entidades americanas mostravam desconhecer Jonas Savimbi.

O juiz não deu como provadas as acusações

Absolvição dos 27 réus, pelo tribunal de polícia, colheu muitos de surpresa

A absolvição dos 27 réus, decisão ontem tomada pelo tribunal de polícia, colheu de surpresa muitos dos presentes por causa do alarido feito na imprensa quer pelo ministro do Interior, os responsáveis da polícia e demais partidários no governo que procuraram dramatizar os acontecimentos.

O isolamento dos detidos, do contacto com familiares seus e defensores judiciais atribuiu dimensão maior da perigosidade dos mesmos que passaram por algumas das cadeias de máxima segurança.

O povoamento do largo Serpa Pinto em meios sofisticados e homens foi outro dos indicadores.

Perguntei a Casimiro Calei da defesa dos réus, se estava surpreendido com aquela decisão do tribunal?

Janet Mondlane entrevistada por Fernando Gonçalves, editor do Savana

GONÇALVES: Na última segunda-feira, a Universidade Eduardo Mondlane atribuiu-lhe o título de Doutora Honoris Causa em Ciências da Educação, em reconhecimento do seu trabalho na área de formação de moçambicanos desde o início da Luta Armada de Libertação Nacional. Que significado tem esta homenagem para si pessoalmente?

JANET MONDLANE: A homenagem significa o reconhecimento de tudo o que fiz ao longo da minha vida. É um grande prazer para mim, para a minha família, colegas, camaradas da luta armada de libertação nacional e todas as pessoas que directamente ou indirectamente trabalharam comigo ao longo deste tempo todo. Veja que ninguém faz alguma coisa sozinha. Não posso indicar os nomes das pessoas porque são muitas.

GONÇALVES: Considera que esta distinção é tudo quanto merece pelo seu trabalho e dedicação pela causa de Moçambique?

JANET MONDLANE:Para mim esta homenagem foi o máximo. Veja que além desta Honoris Causa, há mais coisas que foram feitas para a família Mondlane e que eu acho importante. Uma das coisas que considero grande prenda é a recuperação da aldeia natal de Eduardo Mondlane, Nwadjahane. Este para mim foi um gesto extraordinário para aquilo que é a valorização dos feitos da família Mondlane. A abertura e o funcionamento do Museu de Nwadjahane e a Fundação Eduardo Mondlane também representam um reconhecimento grande à família Mondlane.

VALIMAMADE JAMAL

VALIMAMADE JAMAL é filho de pais paquistaneses, que se fixaram próximo da Ilha de Moçambique, numa área do Mossuril, chamada Motomonho, tendo-lhe sido dada por seus pais a nacionalidade portuguesa. Nasceu a 15 de Agosto de 1927. Seus pais são comerciantes.

VALIMAMADE JAMAL quis seguir a vida de comerciante, estabelecendo-se em Vila Cabral, no ano de 1953, no comércio geral e a retalho.

Casa Comercial de Valimamade Jamal

Iniciou a sua vida de comerciante com um estabelecimento. Presentemente possui três.

JOSÉ ALVES COTRIM DA SILVA GARCEZ

JOSÉ ALVES COTRIM DA SILVA GARCEZ nasceu na Metrópole, na freguesia de Rio Cimeiro, concelho de Ferreira do Zêzere.

Veio para Moçambique com 25 anos de idade, empregando-se nas Obras Públicas, como assalariado, em Namapa, Distrito de Moçambique.

Após um ano de trabalho nas Obras Públicas, colocou-se numa firma comercial, em Malema, onde se manteve durante nove anos. De Malema veio para Vila Cabral, onde comprou uma quota numa firma existente, tornando-se por esta forma sócio dessa firma.

Sete anos volvidos, JOSÉ GARCEZ comprava as restantes quotas, ficando a pertencer-lhe a firma.

Revista de Literatura Moçambicana e Lusófona - Literatas nº 10

Nesta edição, temos duas páginas dedicadas aos momentos culturais dos X JOGOS AFRICANOS MAPUTO 2011.

Veja aqui

Download Revista Literatas - Edição 10

António Pio do Calvário - contacto

Procuro o meu Padrinho, de nome António Pio do Calvário, viveu em Moçambique, na Maganja da Costa e foi a Portugal em 1977. Da última vez que houve contacto ele residia em Benavente, Portugal, em 85/86. Agradecia que me contactasse pela mesma via caso saiba de algo que me possa ajudar a localiza-lo. Ele era médico e casado com Eunice Freire Marquês.
Os meus antecipados agradecimentos.

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"Creio que aumentar as multas, sem acabar com a corrupção, não vai resolver os actuais problemas"

MARCO DO CORREIO

Por Machado da Graça

 Olá Mário

Como vai isso, meu amigo? Do meu lado está tudo bem, felizmente.

Queria-te só falar desta coisa do novo Código da Estrada, que vai entrar em vigor muito em breve.

Pelo que percebi há bastantes alterações em relação ao código que está agora em vigor, mas o aspecto que chama mais a atenção é o agravamento severo das penalizações em relação às diferentes infracções cometidas pelos condutores. O que, à primeira vista, parece uma boa medida para tentar diminuir os acidentes na estrada que matam e mutilam, anualmente, muitos moçambicanos.

Só que tenho receio que essas medidas, em vez de resolver os problemas, vão apenas aumentar as barrigas dos polícias de trânsito.

‘Vingança da Frelimo’ contra candidato Manuel Araújo já começou

Município de Quelimane 

“Estive ontem com o Primeiro-Ministro Aires Aly que me confirmou que não virá à inauguração do [Zalala Beach] Lodge no dia 27 conforme o planificado, por ‘conflito de agendas’! Pelo que vejo porque sou candidato para a autarquia de Quelimane! Já tinha previsto! Quero Paz com a Frelimo mas se querem guerra conta o ‘meu povo’ não terei outra opção! Estou preparado!! – Prof. Dr. Manuel Araújo, candidato proposto pelo MDM

Araújo investiu cerca de três milhões de dólares americanos (3.000.000 USD) num empreendimento turístico na Praia de Zalala – o “Zalala Beach Lodge” – e era suposto serem lá as cerimónias centrais do Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 do corrente mês, mas as autoridades do turismo acabam de lhe comunicar que o primeiro-ministro já não irá inaugurar o empreendimento.

O candidato à presidência do Município de Quelimane, Manuel Araújo, já regressou à capital da Zambézia, sua terra natal, depois de ter vindo a Maputo por ocasião da entrega da sua candidatura pelo MDM, na Comissão Nacional de Eleições (CNE). E já está a sofrer retaliações. Investiu cerca de três milhões de dólares americanos (3.000.000 USD), num empreendimento turístico na Praia de Zalala, e era suposto serem lá as cerimónias centrais do Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 do corrente mês, mas as autoridades do turismo acabam de lhe comunicar que o primeiro-ministro já não irá inaugurar o empreendimento.

O Dia Mundial de Turismo é celebrado desde 27 de Setembro de 1980. Foi estabelecido pela terceira conferência da Assembleia Geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), em Torremolinos (Espanha), em Setembro de 1979.

Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/20341-vinganca-da-frelimo-contra-candidato-manuel-araujo-ja-comecou.html

Frelimo ainda sem candidato em Quelimane

Manuel Morais nega ter sido convidado pelo Partido Frelimo para ser candidato em Quelimane e várias fontes indicam que Lourenço Aboobacar quer ir a votos como candidato da ‘maçaroca’ na capital da Zambézia, mas a preferência de Maputo parece pender para uma candidata feminina, “jovem e com capacidade”.

O professor Dr. Manuel Morais, delegado da Universidade Pedagógica em Quelimane disse ontem, segunda-feira, ao Canalmoz, que ninguém o contactou a convidá-lo para ser o candidato do Partido Frelimo à sucessão de Pio Matos que foi recentemente forçado a interpor a renuncia ao cargo mediante alegação de que o fazia voluntariamente.

Manuel Morais encontrava-se em Nampula a caminho de Nacala quando o Canalmoz o interpelou telefonicamente para lhe pedir que esclarecesse se é verdade que ele foi convidado para ser o candidato da Frelimo à presidência do Conselho Municipal de Quelimane. Respondeu-nos que nunca falaram com ele sobre isso. “Nunca me convidaram. Ninguém me abordou”.

E se for convidado, aceita? – “Não, não. Não aceito.” Foi com estas palavras e de forma peremptória que o chefe da delegação da Universidade Pedagógica em Quelimane, se descartou.

Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/20342-frelimo-ainda-sem-candidato-em-quelimane.html

Separação de poderes continuará uma miragem em Moçambique

Escrito por Raul Senda

O constitucionalista e docente universitário, Gilles Cistac, disse, semana passada, em Maputo, que embora a Constituição moçambicana preconize, sob ponto de vista formal, a separação nítida dos poderes, define o Estado como democrático e de justiça social, em termos concretos, estes princípios continuam um verdadeiro mito.

Segundo Gilles Cistac, o legislador teve vontade de definir o Estado moçambicano como democrático onde cada um dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) pudesse ser independente do outro.

“Só que, o que se verifica na realidade, é que embora os três poderes estejam teoricamente separados, estes concentram-se num único partido político onde devem obediência suprema”, frisou Cistac, numa clara alusão a Frelimo.

De acordo com o constitucionalista, estes órgãos são comandados por pessoas que, do princípio deviam ser independentes, mas que não podem porque, obedecem a voz suprema lançada a partir da sede de um partido político, onde supostamente também fazem parte.

As lágrimas de Manuel Araújo por Quelimane!

Candidato do MDM já está na estrada rumo às eleições intercalares de 7 de Dezembro.

O candidato do MDM  a edil de Quelimane, Manuel de Araújo, concedeu uma entrevista ao “O País”  marcada por lágrimas pelo “sofrimento dos munícipes”.  De Araújo diz que foi a população de Quelimane que lhe pediu para ser candidato. Diz-se confiante na vitória e refere ter apoio até dentro da Frelimo. Deixou cair lágrimas pelo alegado esquecimento a que o general Bonifácio Gruveta está votado.

A sete de Dezembro, Quelimane acolhe as eleições intercalares para escolher o sucessor de Pio Matos, edil que renunciou ao cargo. O senhor Manuel de Araújo é candidato confirmado pelo MDM. Sendo uma pessoa que conhece muito bem Quelimane, em termos de prioridades, o que leva como estandarte da sua candidatura?

A prioridade número 1 são infra-estruturas. A cidade de Quelimane foi negligenciada nos últimos 35 anos de governação em termos de alocação de recursos para a reabilitação, manutenção e desenvolvimento da cidade. Assim, é um município que estagnou durante 35 anos. Portanto, qualquer processo de desenvolvimento, aquilo que nós queremos, deve ser marcado pela era do recomeçar. A cidade de Quelimane já foi conhecida - e eu falo com a maior nostalgia - por pequeno Brasil. Mas hoje, talvez, nem pequeníssimo Brasil é. Quelimane tem uma vastidão cultural invejável, mas hoje não conseguimos ver isso por causa da degradação física dos edifícios, mas também por causa da degradação moral. É necessário devolver a dignidade à cidade de Quelimane.

CHINESES CONSTROEM 5000 HABITAÇÕES NA MATOLA

O Grupo empresarial chinês, Henan Gouji Industry and Development, vai construir um total de 5.000 habitações no bairro de Intaka, a Norte do Município da Matola, na província de Maputo, no âmbito da implementação da Politica e Estratégia habitacional, concebidas pelo governo moçambicano.
A construção destas habitações resulta de um acordo de parceria entre o governo de Moçambique e aquele Grupo chinês, baseado na província de Henan, cuja assinatura teve lugar a 14 de Agosto passado, aquando da visita do Presidente Armando Guebuza, àquele pais asiático.
Trata-se de um projecto integrado, orçado em 12 mil milhões de meticais, que para alem das habitações, serão edificadas outras infra-estruturas sociais como os sistemas de abastecimento de agua e de saneamento, escolas, unidade sanitária, creches, vias de acesso, centro comercial, entre outras.

Passam 37 anos da posse do Governo de Transição

ASSINALA-se hoje a passagem do 37º aniversário da tomada de posse do Governo de Transição.

Maputo, Terça-Feira, 20 de Setembro de 2011:: Notícias

Resultante da assinatura do Acordo de Lusaka, entre a então Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e o Estado português, visando o fim da luta armada, o Governo de Transição era constituído por um Primeiro-Ministro a quem competia coordenar a acção executiva, nove ministros repartidos pelas pastas da Administração Interna; Justiça; Coordenação Económica; Informação; Educação e Cultura; Comunicações e Transportes; Saúde e Assuntos Sociais; Trabalho; Obras Públicas e Habitação. Integravam ainda o Governo, secretários e subsecretários propostos pelo Primeiro-Ministro.

A FRELIMO designou como Primeiro-Ministro, Joaquim Alberto Chissano, enquanto a parte portuguesa tinha como seu representante Vctor Crespo, Alto-Comissário para Moçambique.

Cidade de Nampula: Cerca de 24 mil crianças estudam sentadas no chão

HÁ indicações de que cerca de 24 mil alunos, dos pouco mais de 25 mil matriculadas no presente ano lectivo, na cidade de Nampula, estudam sentadas no chão, uma situação que está a contribuir, negativamente, na qualidade do processo de ensino e aprendizagem dos petizes, sobretudo na escrita.

Maputo, Terça-Feira, 20 de Setembro de 2011:: Notícias

O recurso ao joelho, como encoste para as diversas actividades decorrentes do processo de ensino aprendizagem, não só está a afectar a qualidade da escrita das crianças, como também o sistema ósseo muscular, uma vez que são anos e anos nesta prática.

Trata-se da resposta encontrada pelos diversos gestores das escolas públicas da cidade de Nampula, à pergunta feita pelo governador Felismino Tocoli, no recente encontro que manteve com aquele grupo, para auscultação do grau de melhoria do processo de ensino e aprendizagem, sobretudo e na qualidade da escrita em alunos das escolas públicas.

INHAMBANE - Mário Falcão: 56 anos ao serviço do Estado

Nasceu na Ilha de Moçambique, província de Nampula, há 78 anos. Mário Stremen Xavier Falcão, de seu nome completo, é, actualmente, o funcionário mais antigo ainda no activo na província de Inhambane e no Ministério das Finanças. Ostenta o cartão de identificação de funcionário com o número 002, emitido pelo Ministério de tutela.

Maputo, Terça-Feira, 20 de Setembro de 2011:: Notícias

É um homem polivalente, manuseia qualquer tipo de expediente que encontra na sua secretária e, por isso, é considerado “pau para toda obra”.

Depois de atingir a idade da reforma, em 1989, Mário Falcão, que iniciou a sua ligação com o Estado no longínquo ano de 1956, na Direcção Distrital de Fazenda, na antiga Vila Cabral, hoje Lichinga, província do Niassa, teve a sorte de ser contratado para continuar a trabalhar no Estado.

Com 56 anos de serviço no Estado, Falcão diz ser “um livro aberto”, onde todos aqueles que encontram dificuldades na interpretação da legislação do funcionamento da instituição e demais procedimentos têm o apoio que desejarem.

DEGRADAÇÃO DAS VIAS DE ACESSO AFECTA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

Em Mossuril

A produção de alimentos no distrito de Mossuril atingiu, na última safra, o nível considerado mais alto no período pós independência ao colher cerca de 140 mil toneladas, com destaque para culturas como o milho, feijões, mandioca e gergelim.

Contudo, aquelas quantidades de alimentos não beneficiam a população local, estimada em 129 mil habitantes, situação que fica a dever-se à dificuldades de escoamento dos produtos dos centros de produção para os mercados em razão do deficiente estado das vias de acesso caracterizado, sobretudo, pela falta de pontes sobre os principais rios que atravessam aquela região.

Os distritos que se colocam na posição de principais favorecidos com esta situação são os da Ilha de Moçambique, Monapo e Nacala-Porto, que chegam a consumir cerca de três terços da produção global que Mossuril consegue por cada campanha agrícola.

Dívida dos PALOP a Portugal está próxima de 1800 milhões de euros

A dívida dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ao Estado português registou, no ano passado, o maior crescimento em 15 anos, aumentando para 2407 milhões de dólares (1764 milhões de euros, à taxa de câmbio actual) no final de 2010.

Face ao ano anterior, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe somaram mais 201 milhões de euros em dívida a Portugal, ou seja, mais 12,9%, mostram dados hoje revelados pelo Banco de Portugal (BdP) num documento sobre a evolução das economias nos PALOP e em Timor Leste.
Já a dívida directa ao Estado caiu, no ano passado, 13 milhões de euros, uma tendência que já se verificou em 2009.
Angola é, dos cinco países, aquele com a maior fatia da dívida, cerca de 60%, equivalente a 1056 milhões de euros. O aumento foi de 62 milhões de euros.

ANGOLA – 11 MESES DE CATIVEIRO, de Luís Castro e Sérgio Vidal

Sobre o Livro

Este livro é a história desse sequestro e da sua libertação, mas é, sobretudo, o retrato humano de uma penosa reclusão de onze longos meses. Apesar das privações físicas e psicológicas, das saudades da mulher e dos filhos, da vida no mato em condições desumanas, o autor nunca baixou os braços e sempre acreditou que a libertação haveria de chegar. O resultado é Angola – 11 meses de cativeiro, uma experiência única que Sérgio Fidalgo tem a coragem de agora partilhar com o leitor.

No dia 24 de Maio de 2000, a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda-Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) raptou três operários que, ao serviço da empresa de construção civil Mota & Companhia, estavam a trabalhar naquele território. Sérgio Fidalgo é um dos empregados portugueses.

Na origem deste rapto está a recusa da FLEC-FAC em aceitar a soberania de Angola sobre Cabinda e a exigência do cumprimento do Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, através do qual aquele território, com o acordo dos representantes dos povos de Cabinda, se transformou em protectorado de Portugal. Este argumento jurídico-diplomático está na base daquilo que as forças independentistas consideram decisivo para a resolução da situação. Após onze longos meses de negociações diplomáticas ao mais alto nível, no dia 3 de Abril do ano seguinte Sérgio Fidalgo é libertado.

Manuel Napoleão, de Angola, procura companheiros em Moçambique

Marinha de Guerra de Moçambique
Sou Manuel Napoleão, natural de Luanda-Angola, Bairro Ilha de Luanda.
Sou ex-bolseiro militar na ex-URSS, Leninigrad-Pushkin
Procuro ex-colegas estudantes militares da marinha de guerra de Moçambique.
Seus nomes:
- Eusébio Tomé Fumo
- José Luís Alcântara Santos
- Sebastião J N Sarmento

Email Address:

[email protected]

Divisões no regime, em alastramento, elevam grau de riscos de instabilidade

Moçambique 

Pesquisa e análise, de Xavier de Figueiredo, in Africa Monitor / INTELLIGENCE, Nº 594, de 13 de Setembro de 2011

1 . A actual situação política em Moçambique apresenta 2 factores, referenciados do antecedente, mas agora considerados “em acentuação” – razão pela qual assessments de origem diversa associam aos mesmos mais elevado potencial de instabilidade:

A saber:

-  Divisões internas e/ou tensões na  Frelimo e seu regime, incluindo instituições chave no plano da defesa e segurança (FA, Polícia, SISE).

-  Mal estar e descontentamentos na população (AM 560), em especial nas cidades, alimentados por causas sociais e políticas.

As divisões no regime constituem, em larga escala, prolongamentos no tempo de conturbações registadas no período da “sucessão” do anterior PR, Joaquim Chissano, pelo actual, Armando Guebuza. O facto é interpretado como demonstrativo de que Armando Guebuza ainda não conseguiu impor-se nos planos político e institucional.

Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/20329-divisoes-no-regime-em-alastramento-elevam-grau-de-riscos-de-instabilidade.html

Detidos foram transferidos para as províncias

Manifestações contra o longa presidência de José Eduardo dos Santos

As mães dos jovens estudantes que foram recentemente condenados por manifestarem  contra o longo consulado  do  Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, queixam-se de terem sido impedidas  de levarem  comidas  para  seus filhos, na cadeia.

“Estou na cadeia de Kaboxa, em Caxito e eles dizem terem ordens superiores para não permitirem visitas aos detidos das manifestações”, disse uma das mães, em conversa telefónica ao Club-K, na manhã do último sábado (17 de Setembro), noticiou aquele grupo de informação alternativa de Angola.

A senhora cuja identidade é preservada para não ser vítima de alguma perseguição – refere o Club-K – disse que “nem a comida que trouxemos, eles recebem até agora”.

Acrescenta o Club-K que os detidos, “transformados em presos políticos, foram transferidos para diferentes cadeias nas províncias”.

Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/20333-detidos-foram-transferidos-para-as-provincias.html

Quadro superior da UNITA assassinado em Benguela

À porta de casa 

É o 27 assassinato político de quadros da UNITA na província de Benguela

O Secretário Municipal da UNITA, no Bocoio, Januario Armindo Sikaleta, foi assassinado na madrugada de ontem, aparentemente a tiro, reporta o Club-k.net, a partir de Benguela.

Segundo Vitorino Nhany (na foto), secretário provincial da UNITA, em Benguela, Januário Sikaleta foi assassinado a cem metros da sua casa, há uma hora da madrugada de domingo.

A Polícia Nacional angolana já tomou conta da situação, mas até a altura em que o Club-k.net despachou a notícia a partir de Benguela não havia chegado a qualquer conclusão sobre a autoria material e moral do crime.

Tenente-coronel das FAA, na reserva, Januario Armindo Sikaleta, era membro do Comité Provincial da UNITA em Benguela, e secretário municipal no Bocoio. O malogrado deixa esposa e filhos.

De salientar que desde o memorandum do Luena, que permitiu por termo ao conflito armado entre o MPLA e a UNITA após o assassinato do Dr. Jonas Savimbi, segundo dados fornecidos pela direcção da UNITA em Benguela, este é o 27 assassinato político de quadros naquela província angolana. (Redacção / Club-K.net)

CANALMOZ – 19.09.2011

MPLA com medo de tentativa de insurreição nacional em Angola

Ventos do norte de África já assustam mais a sul

O MPLA está com medo de uma insurreição em Angola para o derrubar e para derrubar o presidente José Eduardo dos Santos. Receia uma insurreição de nível nacional, semelhante às ocorridas na Líbia, Egipto e Tunísia e que culminaram com o derrube dos respectivos presidentes e partidos governantes. Diz o MPLA que essa insurreição está a ser orquestrada por uma coligação de partidos da oposição, liderada pela Unita.

Na quinta-feira 15 de Setembro de 2011, o primeiro secretário provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento, durante um encontro alargado com as direcções de comités de acção e de especialidades do partido, da JMPLA (juventude do MPLA) e da OMA (organização da mulher do MPLA), classificou como “delicada” e “inspiradora de cuidados especiais” a situação reinante em Angola.

Mandatado pelo presidente do MPLA e também da República de Angola, José Eduardo dos Santos, Bento Bento afirmou que “esta marcha diabólica ou plano diabólico” prevê a realização, em simultâneo, de acções contra as autoridades, Polícia Nacional e desobediência civil generalizada nas cidades de Luanda, Huambo, Huíla, Benguela e Uíge.

Leia em

Transportadora de baixo custo acusa governo de “ganância”

África do Sul 

‘1Time’ deixou de voar para Moçambique o mês passado. O proteccionismo visa salvaguardar os interesses da LAM e da sua congénere sul-africana, a SAA. A ‘1Time’ cobrava 1544 randes por uma passagem de ida e volta Joanesburgo-Maputo. A tarifa mais baixa praticada pela LAM para o mesmo trajecto (Maputo-Joanesburgo-Maputo) é de 1846 randes. A SAA cobra entre 2580 e 4000 randes.

Glenn Orsmond, director-executivo da transportadora aérea sul-africana de baixo custo, ‘1Time’, acusou o governo da África do Sul de estar a prejudicar a viabilidade da empresa e de outras do género mediante a imposição de uma panóplia de impostos e taxas. Antigo contabilista com experiência na administração de transportadoras aéreas, Orsmond lançou há 8 anos a ‘1Time’, tornando-a numa empresa lucrativa e viável. No entanto, Orsmond disse que não voltaria hoje a envolver-se num projecto idêntico dadas as medidas fiscais aplicadas pelo governo sul-africano, que ele rotulou de “ganancioso”.

Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/20330-transportadora-de-baixo-custo-acusa-governo-de-ganancia.html

EMBAIXADA AMERICANA CONFISCA EQUIPAMENTO BÉLICO

Na posse dos cinco estrangeiros detidos em Nampula

A Embaixada dos Estados Unidos da América, em Maputo, confiscou já o equipamento militar que se encontrava em poder dos quatro cidadãos de nacionalidade americana e um britânico, detidos na quinta-feira, pela polícia no Aeroporto Internacional de Nampula, quando se preparavam para embarcar com destino à cidade de Pemba, província de Cabo-Delgado.

Composto de 7.650 munições de 5.56 milímetros de arma de fogo do tipo FN, 18 carregadores, quatro aparelhos de transmissão do tipo Motorola e igual número de carregadores, o equipamento não possuía nenhum documento de autorização da sua entrada no território moçambicano.

Conforme dados da Polícia, o material em referência foi encontrado na posse de Michael Eduward Ferguson (suposto chefe do grupo), Jonathan Pujols, Grant Dalziel, Gergory Louis e Hurh Parry, supostamente contratados por uma empresa americana de segurança privada denominada Grery Side Group para uma alegada missão de resgate de um navio de origem alemã sequestrado por piratas e que se encontra algures em águas indianas.

TORTURAS NAS CELAS DA POLÍCIA

Alguns agentes da Policia da República de Moçambique afectos na Primeira Esquadra da cidade de Nampula usam catanas aquecidas no lume para forçar os reclusos a confessarem o seu envolvimento em casos criminais cujas acusações pesam sobre si. O facto foi revelado à reportagem do Wamphula Fax em anonimato por alguns dos detidos naquela sub unidade policial, os quais referiram que as torturas que lhes são infligidas através de golpes de catana vibrados em diversas partes do corpo.

Outros indivíduos, que haviam sido encarcerados noutras esquadras (Segunda, Terceira e Quarta), relataram-nos, por seu turno, casos de tortura de que foram objectos, com o mesmo fim e caracterizados, sobretudo, por sistemáticos espancamentos perpetrados por agentes em serviço.

Em contacto com a nossa reportagem, o porta-voz da corporação em Nampula, Inácio Dina, repudiou a alegada atitude dos seus colegas por optarem pelo uso da violência para apurar a verdade sobre o envolvimento dos reclusos em actos criminais enquanto existem mecanismos legais para o efeito. E para pôr cobro à deplorável situação, Dina aconselhou aos lesados a fazerem as necessárias denúncias às entidades competentes para que sejam tomadas as medidas correctivas que se impõem em relação aos respectivos autores.

WAMPHULA FAX – 19.08.2011

Ravalomanana aceita plano de paz

O EX-LÍDER malgaxe Marc Ravalomanana concordou com um plano para restabelecer a democracia no país, após ter sido destituído por um golpe apoiado por militares, quando liderava a transição no seu país.

Maputo, Segunda-Feira, 19 de Setembro de 2011:: Notícias

Ravalomanana assinou no sábado o plano, na capital de malgaxe, Antananarivo, numa cerimónia presidida pelo vice-MNE sul-africano. A proposta pede que Ravalomanana, exilado na África do Sul desde o golpe de Andry Rajoelina em 2009, seja autorizado a voltar ao país e participe do processo de transição para a democracia. Mamy Rakotoarivelo, chefe da delegação de Ravalomanana, disse que o seu partido está disposto a comprometer-se com a proposta apresentada pela SADC.

CONFLITO NA LÍBIA - Angola lidera rejeição ao CNT

ANGOLA foi na sexta-feira o rosto da oposição africana na ONU à representação da Líbia pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), que acabou por ser confirmada pela Assembleia-geral.

Maputo, Segunda-Feira, 19 de Setembro de 2011:: Notícias

Perante a Assembleia-geral e em nome da SADC, o embaixador angolano Ismael Martins defendeu que, como o CNT não é um Governo interino, as credenciais diplomáticas líbias só podem ser firmadas por um presidente, PM ou chefe de diplomacia, conforme as regras do plenário da ONU.

"O CNT controla a Líbia, mas ainda não é um Governo interino ou de outro género”, declarou o diplomata angolano.

O grupo regional acabou por colocar à votação uma moção pedindo o adiamento da questão das credenciais líbias. Esta contou apenas com 22 votos a favor, 107 contra e 12 abstenções.

A pátria acima dos partidos políticos (Concl.)

SR. DIRECTOR!

Citei tão-somente algumas das principais causas dos nossos actuais problemas políticos e sociais, sendo que os americanos, na minha modesta opinião, só tiram proveito dessas mazelas para fazer o trabalho que lhes compete.

Maputo, Segunda-Feira, 19 de Setembro de 2011:: Notícias

Aliás, por ocasião das comemorações do 10º aniversário dos ataques terroristas de 11 de Setembro, os americanos, na pessoa do seu Presidente Barack Obama, renovaram os seus propósitos:

Às nações e povos que procuram um futuro de paz e prosperidade direi que têm um parceiro nos Estados Unidos. Porquanto mesmo enfrentando desafios económicos internos, os Estados Unidos continuarão a desempenhar um papel de liderança único no mundo – asseverou Obama.

Posto isto, julgo que todos e cada um de nós não somos demais para, com seriedade, honestidade e espírito patriótico, contribuir para a direcção correcta dos destinos da mãe-Pátria, denunciando com coragem e necessária frontalidade todos os actos e comportamentos desviantes e susceptíveis de concorrer para a nossa divisão como Povo independente e soberano.

Com Prosavana Corredor de Nacala vai produzir alimentos em fartura

UM plano-director para o desenvolvimento da agricultura no corredor de Nacala deverá estar disponível brevemente no âmbito da operacionalização do Prosavana, a ser implementado em Nampula, Zambézia e Niassa.

Maputo, Segunda-Feira, 19 de Setembro de 2011:: Notícias

O referido plano, segundo revelou ao “Notícias” o Vice-Ministro da Agricultura, António Limbau, diz respeito ao desenvolvimento de modelos de agricultura competitiva e sustentável em 12 distritos daquelas três províncias. O mesmo deverá permitir um melhor direccionamento das intervenções que contam com a participação do empresariado nacional com apoio do Brasil e Japão.

A iniciativa passa pelo conhecimento da estrutura do sector agropecuário, o número de unidades, tipo, distribuição espacial, as propriedades, uso e aproveitamento da terra, posse e uso de meios de produção, a produtividade das principais culturas e espécies pecuárias.

Reaberto Continental

REABRIU na semana passada ao público o Café e Restaurante Continental, na baixa da capital, depois de ter permanecido durante cerca de um ano encerrado devido a um litígio de natureza jurídica relacionado com a identificação do verdadeiro proprietário do estabelecimento.

Maputo, Segunda-Feira, 19 de Setembro de 2011:: Notícias

Sob nova gestão, o edifício beneficiou de obras de reabilitação que conferiram uma imagem mais atractiva ao local.

Logo às primeiras horas da manhã do dia da inauguração,  o movimento de clientes naquele café quebrou a monotonia que caracterizava aquela parte da baixa da cidade.

Muitos transeuntes e cidadãos que normalmente lavam as suas viaturas na zona passaram de novo a contar com o seu habitual espaço para tomar o café matinal.

Recorde-se que a contenda que forçou ao encerramento daquele estabelecimento envolvia os cidadãos Pedro Pinto e Mushin Ibrahim, cujo desfecho ainda não é do domínio público.  

PR em Nova Iorque

O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza,  participa a partir de amanhã até  sexta-feira, em Nova Iorque, na reunião de alto nível da Assemblia Geral das Nações Unidas  de 2011. 

Maputo, Segunda-Feira, 19 de Setembro de 2011:: Notícias

Para esta sessão das Nações Unidas, estão agendadas entre outras, quatro reuniões de alto nível que vão abordar temas tais como doenças não transmissíveis, desertificação, segurança nuclear e luta contra o racismo em celebração do 10º aniversário da Declaração e plano de Acção de Durban. Acompanham o Chefe do Estado, nesta deslocação, os ministros dos Negócios Estrangeiros e cooperação, Oldemiro Baloi; para a Coodenação da Acção Asmbiental, Alcinda Abreu e da Saúde, Alexandre Manguele.

MKAIMA DESPEDE-SE DA COMUNIDADE MOÇAMBICANA EM PORTUGAL

O embaixador de Moçambique em Portugal, Miguel da Costa Mkaima, despediu-se este Domingo da comunidade moçambicana na capital portuguesa, no termino da sua missão de seis anos.
Visivelmente emocionado, o diplomata saudou os presentes com um sorriso simpático, como quem transmite o sentimento de 'missão cumprida', não obstante os desafios que os moçambicanos enfrentam, principalmente neste momento em que Portugal atravessa uma profunda crise sócio-económica. O desemprego constitui uma das preocupações.
Num convívio bastante concorrido, marcado por apresentação de diversas mensagens de louvor ao trabalho realizado pelo diplomata durante o seu mandato, Mkaima destacou o espírito de colaboração que encontrou no seio da comunidade moçambicana.
Mensagens da comunidade moçambicana e da Associação de Estudantes moçambicanos em Lisboa, entre outras, destacaram o facto de o trabalho do diplomata ter contribuido para a concretização de vários feitos, incluíndo a reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) para o Estado moçambicano, visitas de Estado do Presidente Armando Guebuza a Portugal em 2010, e do seu homólogo português, Anibal Cavaco Silva, a Moçambique, em 2008, bem como do antigo Primeiro-ministro, José Sócrates, a Maputo, em 2010, entre outras acções.

HIENAS DESTROEM CAMPAS E DEVORAM CORPOS EM SANGA

Hienas destroem campas para devorar corpos de defuntos sepultados num cemitério de Mapudjé, distrito de Sanga, na província nortenha de Niassa, facto que está a criar pânico junto dos habitantes daquele povoado.
Segundo a “Rádio Moçambique”, de Janeiro a esta parte, sete campas foram destruídas e respectivos corpos devorados pelas hienas no povoado de Mapudjé.
Trata-se de um fenómeno considerado novo e estranho e que preocupa tanto as autoridades governamentais como as tradicionais da região.
Como medida para travar esta situação, as autoridades de Sanga disponibilizaram uma arma de fogo para o abate dos animais, mas de lá para cá não se conseguiu abater nenhuma das hienas que criam pânico naquele local.
O Governo e as autoridades tradicionais de Sanga não afastam a hipótese de se tratar de hienas mágicas, daí que está agendada para breve a realização de uma cerimónia tradicional de pedido aos ancestrais para acabaram com o que chama de “hienas fabricadas”.
O administrador de Sanga, Paulino Mussa, disse que informações colhidas na povoação indicam que as hienas têm aparecido quando se regista uma morte na zona, principalmente quando se trata da morte de menores.
A fonte revelou que as hienas remexem os túmulos até encontrar os corpos enterrados, o que faz acreditar que “se trata mesmo de hienas fabricadas”.
MAD/DT
AIM – 18.09.2011

A longa marcha do alferes Jacinto entre feras e alemães

MANUEL CARVALHO
Um manuscrito inédito conta-nos a saga de um oficial português na I Guerra em Moçambique. Entre o horror e o heroísmo de soldados e escravos largados na selva, fica-se a saber mais sobre a Coluna do Niassa
A meio da tarde de 20 de Abril de 1918, um grupo de pessoas exaustas e andrajosas aproximou-se da linha de defesa do comando militar português de Muirite, no Norte de Moçambique. À cabeça da caravana estava o alferes José Teixeira Jacinto. Para provar a sua condição de soldado da Força Expedicionária Portuguesa (FEP), tinha uma narrativa extraordinária para contar. Disse que, desde que as tropas alemãs desbarataram as linhas defensivas portuguesas em Negomano, a 25 de Novembro de 1917, nunca mais tivera contacto com os seus comandantes; que fora o único oficial português que escapara à razia alemã; que tinha conseguido transferir a companhia que comandava nos montes Macolos, quase junto ao lago Niassa, para a base segura de Unango; que se juntou às forças britânicas do coronel Clayton, com as quais combateu os alemães; que aí soubera da presença de forças nacionais em Muirite; que, depois de entregar a sua companhia a outro oficial, passou "19 dias pela floresta lutando pela vida" até chegar até ali.

SEGURANÇA DE DHLAKAMA BARRA MANIFESTANTES

Sobre propalada manifestação pela Paz

Centenas de crentes (entre homens, mulheres e crianças ) convocados pelos Conselhos Cristão e Islâmico de Moçambique tentaram sem êxito, no último Sábado, transmitir uma mensagem de Paz ao líder da Renamo, na sua residência oficial, sita na rua das Flores, em Nampula.

Ao aperceber-se da intenção, um aparato militar composto por agentes da segurança pessoal de Afonso Dhlakama, interveio prontamente, impedindo o acesso dos manifestantes às imediações da residência oficial daquele dirigente político, conforme estava agendado pelos organizadores.

Uniformizados e armados até aos “dentes”, os militares da antiga Resistência Nacional Moçambicana barraram as entradas da rua das Flores, enquanto outros trajados a civil iam seguindo a caravana supostamente para inviabilizar o propósito dos manifestantes que pretendiam levar uma mensagem de Paz, Unidade Nacional e de Democracia Multipartidária às mãos de Afonso Dhlakama, a fim de dissuadi-lo a mudar de discurso belicista proferido reiteradamente nos últimos dias.

A Pátria acima dos partidos políticos (1)

SR. DIRECTOR!

Incomoda-me sobremaneira a forma bastante bajuladora e apaixonada como certa imprensa trata os assuntos abordados no conjunto dos telegramas recentemente divulgados pela Wikileaks, em que algumas figuras proeminentes na arena política nacional são referidas como sendo autoras de declarações atentatórias ao prestígio e dignidade do mais alto órgão do Estado moçambicano, ou seja, o Presidente da República.

Maputo, Sábado, 17 de Setembro de 2011:: Notícias

 

Ora, tendo em  atenção que críticas e/ou declarações públicas de qualquer cidadão sobre assuntos de interesse nacional, como são as alegadamente atribuídas aos compatriotas Leonardo Simão e Ahmad Camal, inserem-se no âmbito do exercício do direito às liberdades de expressão e de informação, de conformidade com a consagração do artigo 48 da Constituição da República de Moçambique (CRM), entendo que havendo excessos ou exercício abusivo deste direito, de modo a pôr em causa a honra e o bom nome do Presidente da República, aqui a responsabilidade é absolutamente individual, sendo  a questão de fácil solução.

Incumbe pois ao Procuradoria-Geral da República, ex-officio, a defesa da honra, do bom nome, da reputação e da imagem do Presidente da República!

Manuel Morais, director da UP em Quelimane, é candidato da Frelimo para edil de Quelimane

Apesar de Manuel Morais, director da UP em Quelimane, ter negado de ser candidato, veja aqui, parece não ter resistido as ORDENS SUPERIORES como tantos outros que duma forma ou outra chegaram, estão ou mesmo permanecem onde estão apenas por confiança e ou obediência política. Conheço pelo menos dois ex-directores da UP que não resistiram a tentação.

Segundo o quelimanense António Zefanias, Manuel de Morais, director da UP e José Carlos, actual director provincial adjunto das Finanças na Zambezia já constituíam alvos de proposta dos órgãos superiores do partidão. No mural de António Zefanias (aqui), houve quem pensou que estes dois nunca cederiam. E agora?

Nada há de estranho, apenas uns foram forçados a renunciarem e outros são forçados a se candidatar.

In http://comunidademocambicana.blogspot.com/2011/09/manuel-morais-director-da-up-em.html

Mais de mil pessoas amotinam-se defronte do Conselho Municipal

Exigindo compensações justas pelas machambas, na Beira

Pelo menos mil mulheres, na sua maioria proprietárias de machambas de arroz na zona de Damas, no bairro da Munhava Matope,  na cidade da Beira,  amotinaram-se desde a manhã  até cerca das 16 horas de ontem,    defronte do edifício do Conselho Municipal da Beira (CMB), exigindo o ressarcimento justo pela perda das suas terras ou destruição das suas culturas, em conexão com a implantação do  projecto de construção do novo terminal de carvão e minerais no  Porto da Beira. O grupo,  constituído por mais de mil camponesas,  juntou-se naquele local pelo facto de o CMB fazer parte da comissão encarregue de efectuar o levantamento das camponesas lesadas em parceria com a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) proprietária do projecto.
Do mesmo grupo de camponesas, algumas estão a receber 1.500 meticais, outras dois mil meticais e outras ainda cinco mil meticais como compensação. Fátima Manuel Jussa,  uma das proprietárias das machambas ocupadas,  disse não saber o porquê desta disparidade. “Queremos explicação sobre o porquê de alguns de nós, com mesmas dimensões de terra, recebem cinco mil meticais e outros 1.500 meticais”, referiu Fátima.