– Rafael Marques, activista dos Direitos Humanos
“Corrupção em Angola: um impedimento para a democracia” é o titulo do mais recente artigo divulgado pelo angolano Rafael Marques. No documento ele denuncia irregularidades cometidas por altos dirigentes de Angola.
O ex-jornalista e activista angolano Rafael Marques deu recentemente uma entrevista a um jornal alemão. Pelo interesse e sobretudo pela similitude de comportamentos com o que se passa em Moçambique, publicamo-la em jeito de pergunta resposta, com a devida vénia:
DW: De que forma é que a corrupção verificada ao nível de altos dirigentes de Angola influencia negativamente a democracia?
Rafael Marques (RM): A razão principal da asfixia da democracia em Angola tem a ver com a necessidade de protecção dos negócios privados dos dirigentes angolanos. Temos estado a ver, desde 1992 que, praticamente, os dirigentes do MPLA têm estado a privatizar o país em seu favor, para o enriquecimento pessoal. Estamos a falar de umas poucas famílias, por exemplo, grande parte dos negócios estão em nome da filha do Presidente da República, outros negócios estão com uma dúzia de generais e ministros. Não há possibilidade de coexistência de uma verdadeira democracia onde haja um poder judicial autónomo e esse tipo de saque que se verifica no país. Porque havendo democracia no país, certamente haverá autonomia do poder judicial e estes casos poderão ser levados a tribunal.
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